A enorme volatilidade dos mercados financeiros começa a ser difícil de compreender.
Depois de observados os primeiros efeitos de contágio à Península Ibérica da crise grega, quer a Espanha, quer Portugal agravaram as já gravosas medidas de austeridade contidas nos seus PEC iniciais; o Parlamento alemão ratificou o programa de ajuda europeu (e do FMI) de 750 mil milhões de euros para ser eventualmente usado no re-equilíbrio financeiro dos países mais vulneráveis; o BCE decidiu avançar com a criação do falado Fundo Monetário Europeu, e lançar as bases de uma futura Comissão para prevenir contra os riscos sistémicos; nos Estados Unidos, o presidente Obama consegue a aprovação pelo Senado do seu ambicioso Plano Financeiro, que inclui fortes medidas de coordenação e regulação do mercado financeiro e de protecção dos consumidores norte-americanos; mais recentemente o Governo alemão inicia o combate à especulação tomando agressivas medidas no domínio das operações de ‘short-selling'; finalmente, os governos da França, do Reino Unido e da Itália anunciam também medidas de austeridade, começando por uma simbólica redução dos salários dos político