Buraco colossal
MY WEBRINGS PAGE
O SILÊNCIO À VOLTA DA MEMÓRIA


Em “relação às contas na Suíça, julgo que o assunto está mais do que esclarecido.
Há para lá umas contas na Suíça, há para lá umas pessoas que têm contas na Suíça.
O engenheiro José Sócrates – o que se demonstra com as contas na Suíça – é que não tem nada a ver com as contas na Suíça”
João Araújo 29/05/2015


Á ESQUINA DO MONTE CARLO


HERBERTO, A AVENTURA nos eternos

- Este blog voltou ao activo hoje dia 10 de Junho de 2015. -

E ponde na cobiça um freio duro,
E na ambição também, que indignamente
Tomais mil vezes, e no torpe e escuro
Vício da tirania infame e urgente;
Porque essas honras vãs, esse ouro puro,
Verdadeiro valor não dão à gente.
Melhor é merecê-los sem os ter,
Que possuí-los sem os merecer.

Camões / Lusiadas


Isto não há nada como acenar com medalhinhas para ter sempre clientela.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Ana Gomes próximo congresso do PS deverá sair um partido que seja "exigente, vigilante e crítico"

eurodeputada socialista Ana Gomes afirmou hoje que do próximo congresso do PS deverá sair um partido que seja "exigentevigilante e crítico" em relação à atuação do Governo.
Ana Gomes defendeu esta posição à entrada para a reunião da Comissão Nacional do PS, que deverá marcar a realização do próximo congresso para o Porto, entre os dias 08 e 10 de abril.
Interrogada sobre a possibilidade de José Sócrates ter concorrentes internos nas eleições diretas para o cargo de secretário-geral do PS, Ana Gomes desdramatizou esse cenário, alegando que, "numpartido democrático, é saudável que haja uma pluralidade de candidaturas".
"Mas acho que, neste momento, a maioria dos militantes do PS vai reconfirmar José Sócrates naliderança do partido, tendo em atenção o trabalho do atual Governo e a situação em que o país se encontra. Uma crise política certamente agravaria as condições de resistirmos ao ataque especulativo contra o euro e contra Portugal", defendeu a eurodeputada socialista.
No entanto, Ana Gomes insurgiu-se contra a possibilidade de uma reeleição de José Sócrates significar também um adormecimento interno do seu partido.

Almeida Santos: Cavaco foi cruel


Almeida Santos: Cavaco foi cruel e Carrilho está zangado com o PS

12h42m

O presidente do PS, Almeida Santos, considerou hoje, domingo, que Cavaco Silva foi "cruel" na hora da sua vitória e lamentou que Manuel Maria Carrilho esteja zangado por ter sido "apeado" de embaixador de Portugal na UNESCO.
 
foto ARQUIVO JN
Almeida Santos: Cavaco foi cruel  e Carrilho está zangado com o PS
 
Almeida Santos falava aos jornalistas à entrada para a reunião da Comissão Nacional do PS, ocasião em que respondeu às críticas que o ex-ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho tem feito ao Governo.
"Neste momento, o dr. Carrilho é quase um adversário do PS, porque está agastado por ter sido apeado do lugar que tinha [embaixador de Portugal na UNESCO, em Paris]. Está zangado connosco, compreendo isso, mas não é bem o exemplo típico do indivíduo que se possa citar como característica da situação interna do partido", sustentou o presidente do PS.
Almeida Santos fez ainda críticas ao teor do discurso de Cavaco Silva no passado domingo, depois de ter sido reeleito Presidente da República.
"Houve um aspecto em que exagerou imperdoavelmente. Na noite das eleições, exige-se do vencedor uma atitude de tolerância, mas [Cavaco Silva] fez um julgamento feroz dos seus adversários e foi muito cruel", considerou o presidente do PS.
Neste ponto, Almeida Santos aproveitou para frisar que "a crueldade não é uma boa característica de um Presidente da República".
 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Lello (PS) culpa BE e atitudes de Alegre no passado

PRESIDENCIAIS

Lello (PS) culpa BE e atitudes de Alegre no passado pela derrota

24 | 01 | 2011   16.25H
O dirigente socialista José Lello atribuiu hoje a derrota de Manuel Alegre ao apoio do BE, que não agradou ao “eleitorado socialista tradicional”, e à atitude do candidato, enquanto deputado, “contra o PS e o Governo”.
Destak/Lusa | destak@destak.pt
Em declarações à Lusa, o deputado e secretário nacional do PS para as Relações Internacionais, crítico de Alegre, elogiou, contudo, o discurso de derrota do candidato presidencial em que, disse, “teve uma intervenção de grande humildade democrática e de grande dignidade”.
“A baixa de votação resulta do facto de o bloco social que normalmente apoia o PS não se ter revisto no modelo da formatação eleitoral da coligação de apoio de Manuel Alegre na medida em que esteve um acentuado enfoque - designadamente no inicio, não na própria campanha - em políticas conexas com o Bloco de Esquerda e o eleitorado do socialista tradicional não se reviu nessa formatação e, naturalmente, ou não votou ou se desviou em votos de circunstância”, afirmou
Por outro lado, ao mesmo tempo que PS e BE apoiavam a candidatura presidencial de Alegre, os mesmos partidos “guerreavam-se no Parlamento”.
Segundo Lello, esta situação não favorecia a criação de “qualquer plataforma” que, sublinhou, “como se viu, não existiu nem terá sequência”.
O deputado e dirigente socialista assume-se como crítico de Manuel Alegre e relaciona o motivo das suas críticas ao resultado das eleições.
“Não me esqueço os quatro anos em que Manuel Alegre esteve consistentemente a votar contra o partido e o Governo na Assembleia da República. Não me esqueci eu nem esqueceu a maioria do eleitorado do PS que, de facto, a reação que teve, teve a ver com isso”, argumentou.
Confrontado com críticas de que o PS esteve dividido no apoio a Alegre e houve quem no seio dos socialistas patrocinasse candidaturas alternativas, como afirmou a eurodeputada Ana Gomes, Lello afirmou que “se houve elementos dentro do partido ou militantes do partido que fomentaram outro tipo de candidaturas, assiste-lhes esse direito, na medida em que as candidaturas presidenciais não são associações partidárias são de grupos de indivíduos”.
Dirigindo-se diretamente a Ana Gomes, afirmou: “O que é que queria, que o partido tivesse uma intervenção mais dura, mais musculada, em relação ao seu eleitorado? Não se percebe”.
Para José Lello, “no meio disto tudo, quem teve a atitude mais correta e mais digna foi o próprio candidato Manuel Alegre que, no seu discurso de derrota, teve uma intervenção de grande humildade democrática e de grande dignidade”.
“Eu que estou longe de ser um apoiante de Manuel Alegre tenho que referir a extrema dignidade, a grande compostura que, por vezes, falta a pessoas que são seus apoiantes, como é o caso de Ana Gomes”, sublinhou.
O dirigente e deputado socialista referiu-se às candidaturas de José Manuel Coelho e de Fernando Nobre como “epifenómenos” sem consequência, que recolheram os “votos que se dizem de protesto e anti-sistema” próprios de uma eleição em que o resultado é esperado, como é o caso da reeleição do Presidente da República em funções.
Sobre o Presidente reeleito, Cavaco Silva, José Lello afirmou que, “sendo inquestionável” a sua vitória, “ganhou com uma resultado eleitoral abaixo do tradicional em reeleições de anteriores presidentes”.

domingo, 23 de janeiro de 2011

A maior abstenção de todas as presidenciais

A maior abstenção de todas as presidenciais
23 de Janeiro, 2011
Cavaco Silva é o candidato mais votado nas eleições de hoje, com 52.94 por cento dos votos, quando estão apurados os resultados provisórios em todas as freguesias onde se realizou o acto eleitoral.Cavaco Silva 52,94%, Manuel Alegre 19,75%,Fernando Nobre 14,10%, Francisco Lopes 7,14%, José Coelho 4,50% e Defensor Moura 1,57%.
A abstenção foi de 53,37% a maior registada em eleições presidenciais, os votos brancos 4.26% e os nulos 1.93%.
Falta apurar o resultado em 11 dos 71 consulados e a repetição na próxima terça-feira nas freguesias que foram alvo de boicote, Vila Nova de Monsarros, Muro e Serpins.
SOL/ Lusa

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Fitch tem "poucas dúvidas" sobre a determinação de Portugal em evitar o FMI

Um responsável da agência de notação disse, em Londres, que Portugal está a ter "começo razoável" nas emissões de dívida deste ano e que ficam "poucas dúvidas" quanto à determinação do governo em evitar a intervenção do FMI.
O responsável por análise de dívida pública, David Riley, disse ainda que os receios relativos à solvência de Espanha estão exagerados e que maiores custos de recapitalização das “cajas” iriam provocar uma revisão em baixa do “rating” da dívida espanhola. 

O economista referiu ainda que a "ambiguidade" relativa ao incumprimento da dívida, alimentada pelos responsáveis políticos europeus, provoca volatilidade na dívida europeia. 

Riley falou numa apresentação em que deverá dizer que o risco de desintegração do euro permanece “baixo”, com a ressalva de que haverá episódios de instabilidade no mercado até que a consolidação orçamental esteja assegurada pelas economias periféricas, segundo a Bloomberg que cita os “slides” da apresentação a que teve acesso esta manhã. 

Os factores que podem levar a uma revisão em baixa do “ratings” da dívida portuguesa passam por um falhanço no cumprimento dos objectivos orçamentais e por ausência de crescimento económico sustentável em Portugal. Também uma perda de acesso ao mercado de dívida ameaça o "rating" da dívida nacional. 

Para a Grécia o risco de revisão em baixa passa por não crescer na segunda metade do ano e por não ter acesso aos mercados de dívida, refere a Bloomberg com base nos “slides”. 


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Compra de submarinos aumenta despesa do subsector Estado





Comente este artigoImprimir
Publicação: 20-01-2011 18:44   |  Última actualização: 20-01-2011 19:02

A despesa de 1.001 milhões de euros dos dois submarinos nas contas do Estado é compensada pela receita de 1.882,1 milhões de euros dos fundos de pensões da Portugal Telecom (PT), e ainda 'sobram' 880,9 milhões de euros. 


As contas globais do Estado ficam assim com uma folga de cerca de 880 milhões de euros que resulta da diferença entre estas duas inscrições contabilísticas, com a transferência do Fundo de Pensões da PT para a Caixa Geral de Aposentações a 'pagar' os submarinos e ainda a dar uma margem semelhante àquela que o primeiro-ministro afirmava ter a 11 de janeiro.

A despesa do subsetor Estado cresceu 1.783 milhões de euros, destes, 1.001 milhões de euros são da inscrição dos dois submarinos.

A receita inscrita da transferência dos fundos de pensões da PT, na receita do subsetor dos Fundos e Serviços Autónomos, é de 1.882,1 milhões de euros.

De acordo com os dados hoje divulgados pela Direcção Geral do Orçamento, o aumento da despesa do subsetor Estado (em 1.783 milhões de euros em 2010 face a 2009) é também compensada pelo aumento das receitas em 1.591 milhões de euros dentro do mesmo subsetor, fortemente influenciadas pelo aumento da receita com o IVA e do Imposto sobre o consumo do Tabaco, que apresentam mais 1.566,5 milhões de euros comparando com 2009. 


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

"interesse forte" de investimentos árabes em Portugal

Carlos Zorrinho diz haver "interesse forte" de investimentos árabes em Portugal

Secretário de Estado da Energia indica que será assinado um protocolo com os Emirados Árabes Unidos na área da energia e construção sustentável, referindo que o governo português já tem "bastantes sinais" do interesse dos capitais árabes.
O secretário de Estado da Energia, Carlos Zorrinho, afirmou hoje que durante as visitas oficiais ao Qatar e a Abu Dhabi o governo português registou “bastantes sinais de interesse forte” por parte dos investidores árabes para trabalhar com as empresas portuguesas.

Carlos Zorrinho, que integra a comitiva que acompanha o primeiro-ministro, José Sócrates, disse aos jornalistas, durante o World Future Energy Summit, em Abu Dhabi, que há interesse dos capitais árabes em “projectos concretos”, nomeadamente turismo, energia e construção.

O secretário de Estado da Energia não referiu nenhum caso em concreto, mas indicou que a cooperação económica poderá ocorrer tanto com investimento árabe em Portugal como fora do país, recorrendo às empresas portuguesas para investimentos noutros mercados.

Carlos Zorrinho explicou ainda que está prevista a assinatura de um protocolo com os Emirados Árabes Unidos na área da energia e da construção sustentável.

Em Abu Dhabi Portugal participa no World Future Energy Summit com um expositor de 200 metros quadrados, onde está a mostrar, durante esta semana, alguns dos principais projectos energéticos do país, entre eles o da mobilidade eléctrica e o das redes eléctricas inteligentes.

O primeiro-ministro, José Sócrates, fez-se acompanhar ao Qatar e a Abu Dhabi de dezenas de empresários. Mas muitos deles vêm apenas à procura de oportunidades de negócio, sem projectos concretos para desenvolver.

É o caso da Aquapor. Diogo Faria de Oliveira, administrador da empresa de distribuição de água, disse ao Negócios estar em Abu Dhabi para “a identificação de oportunidades”. Mas o foco da Aquapor tem estado na Argélia e Arábia Saudita e não nos Emirados Árabes Unidos.

Para a Self Energy, recentemente adquirida pela Soares da Costa, a missão é semelhante. “Temos negócios já na Jordânia e Arábia Saudita, ao nível das consultorias energéticas. Venho identificar oportunidades, mas ainda não há nada em concreto”, disse o presidente da Self Energy, Miguel Matias, ao Negócios.

E a palavra “oportunidade” está também com a Efacec. “Estabelecemos contactos com empresas no Qatar e em Abu Dhabi no sentido de tentar aproveitar oportunidades”, descreve o presidente da Efacec, Luís Filipe Pereira.

* O jornalista viajou a Abu Dhabi a convite da Adene – Agência de Energia.

Sócrates em Abu Dhabi

O primeiro-ministro José Sócrates chegou ontem a Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, para iniciar esta segunda-feira uma visita oficial àquele Emirado com o objectivo de incentivar as exportações e a internacionalização das empresas portuguesas.À chegada, o chefe de Governo português foi recebido pelo ministro da Juventude e da Cultura de Abu Dhabi, Abdul Rahman Mohammed Al Owais, numa visita que se estenderá até terça-feira.
Na segunda-feira, José Sócrates irá participar na cerimónia de abertura da Cimeira Mundial de Energia onde estará presente como orador ao lado de chefes de Estado e de Governo de outros países.
A Cimeira Mundial de Energia, que decorre entre 17 e 20 de Janeiro, vai juntar personalidades como o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, o presidente da Islândia, Ólafur Ragnar Grimsson, a princesa Victoria da Suécia, o Grão-Duque Guilherme do Luxemburgo ou o presidente do Paquistão Asif Ali Zardari.
Após a cerimónia de abertura da Cimeira, o primeiro-ministro visitará o pavilhão de Portugal e, de seguida, almoçará com o príncipe herdeiro do Abu Dhabi e vice-comandante supremo das Forças Armadas dos Emirados Árabes Unidos (EAU). Está também previsto um encontro com o vice-presidente e primeiro-ministro dos EAU.
À semelhança do sucedido no Qatar, José Sócrates estará também na abertura do Fórum Empresarial em Abu Dhabi.
Na viagem oficial está incluída uma comitiva de 60 empresários de diversas áreas de actividade, desde o sector financeiro, passando pelas energias renováveis, imobiliário, construção civil e gestão hoteleira.
Esta é uma visita em que o primeiro-ministro está acompanhado por vários ministros, entre os quais Teixeira dos Santos (Finanças), que amanhã estará ausente para participar no Ecofin em Bruxelas, Vieira da Silva (Economia), Luís Amado (Negócios Estrangeiros) e António Mendonça (Obras Públicas e Transportes), em que está previsto encontros bilaterais com os respectivos homólogos nos dois países.

Lusa / SOL

domingo, 16 de janeiro de 2011

Santos Silva quer um presidente 'que não se mete onde não é chamado'

O ministro da Defesa e dirigente do PS Augusto Santos Silva voltou hoje à campanha presidencial de Manuel Alegre para defender que um Presidente da República é «alguém que em primeiro lugar garante o funcionamento das instituições, que não torpedeia o funcionamento das instituições, que não se mete onde não é chamado».Cavaco Silva não foi directamente nomeado, mas o recado é claro:«Não lhe compete a ele [ao Presidente] tutelar o Governo ou definir o rumo das políticas públicas». «Para isso há eleições próprias», as legislativas, concluiu o responsável socialista.
Num comício no teatro Sá de Miranda, em Viana do Castelo, Santos Silva defendeu que o chefe do Estado tem um «compromisso essencial, o da imparcialidade».«Uma vez eleito o Presidente da República é o presidente de todos os portugueses» - não pode ser um «chefe de facção nem ter tutelados seus nas facções políticas».
Afirmando que é «preciso alguém que saiba encarnar os valores da República», Santos Silva visou ainda a presença de Cavaco Silva no Casino Estoril, em Dezembro, para o lançamento de uma campanha destinada a aproveitar as sobras dos sectores da hotelaria e restauração, distribuindo-as por pessoas carenciadas.
«A democracia não é o regime em que se pegue nos restos dos banquetes de uns e se ofereça, com grandes espectáculo mediático, a outros», apontou o ministro da Defesa, afirmando que «ninguém aqui pede ou merece misericódia, muito menos caridade. As pessoas têm direitos».
Na última das intervenções, perante uma plateia de pouco mais de uma centena de pessoas, Manuel Alegre sustentou que Cavaco Silva «começa a demonstrar uma certa preocupação e um certo nervosismo». «Já chamou louco a um candidato, chamou medíocres aos jovens que não estão na sua candidatura», exemplificou o histórico socialista, acrescentando que o recandidato a Belém «começa a compreender que vai ter que disputar a segunda volta».
Entre os oradores do comício da noite de hoje contou-se também o dirigente do Bloco de Esquerda João Teixeira Lopes, para quem Cavaco Silva «está a precisar de uma lição de democracia».
susete.francisco@sol.pt

Só Jardim e Madeira acumulam salário com pensões

Só Jardim e Madeira vão poder acumular salário com pensões
16 de Janeiro, 2011Por Graça Rosendo
Nem Cavaco Silva conseguiu escapar às novas regras de austeridade. Alberto João Jardim e outros seis políticos madeirenses não vão ser abrangidos pela proibição, imposta pelo Governo, de acumular a reforma com o vencimento que recebem como titulares de cargos políticos.A medida, prevista no Orçamento de 2011 e num decreto-lei que altera o Estatuto da Aposentação, não pode ser aplicada nas regiões autónomas, dado ser matéria sobre a qual só a região pode legislar.
Enquanto isso não acontecer, Jardim pode continuar a receber a pensão de cerca de 4000 euros na totalidade, em simultâneo com o ordenado de presidente do Governo Regional. Na mesma situação está o presidente do parlamento regional, Miguel Mendonça, um secretário regional, três deputados do PSD/M e um do PS.
A situação não é semelhante nos Açores porque, desde 2005, Carlos César ajustou o estatuto dos políticos açorianos ao do Continente.
Cavaco Silva, que beneficiava de uma excepção na lei, vai ter de optar entre receber o ordenado ou uma das duas pensões de reforma a que tem direito (do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Aposentações).
graca.rosendo@sol.pt

Cavaco engolido por manifestação SOS-ensino em Braga

Cavaco engolido por manifestação SOS-ensino em Braga
16 de Janeiro, 2011por Sofia Rainho
O candidato a Belém e a sua comitiva viveram esta tarde momentos de muitos apertos e aflição no centro de Braga. Assim que Cavaco Silva saiu do carro foi engolido por largas centenas de manifestantes contra os cortes no ensino privado e cooperativo, que formavam dois cordões ao longo da rua que o candidato percorreu.O movimento, que tem estado presente em quase todos os distritos por onde o candidato passa, organizou-se e teve aqui a intervenção mais agressiva ofuscando a iniciativa de campanha.
Gritos de SOS, SOS era tudo o que se conseguia ouvir, Cavaco tentava mostrar-se calmo e respondia com um sorriso e de dedos no ar em V de vitória. Só praticamente no fim do percurso se ouviram os primeiros gritos dos apoiantes Cavaco, Cavaco , que se misturavam com os manifestantes.
O candidato, que não teve qualquer margem de manobra para cumprimentar a população, não conseguiu levar a arruada até ao fim e nem sequer falou aos jornalistas, tal como estava previsto.
A polícia não teve mãos a medir e os seguranças não conseguiram dar conta do recado. Até os motoristas dos carros que integram a caravana saíram para dar uma ajuda.
Mas não foram só manifestantes que se atravessarm hoje no caminho do candidato. O distrito de Braga proporcionou a Cavaco as maiores enchentes desta campanha. Em Guimarães e em Barcelos o candidato teve banhos de multidão, que gritava entusiasmada Cavaco à primeira . O Presidente-candidato foi distribuindo beijinhos e cumprimentos. E, como já é seu hábito, despediu-se dos apoiantes em cima do tejadilho do carro e com o V de vitória.

Manifestação de centenas de pessoas obriga Cavaco a encurtar visita em Braga



Centenas de alunos descontentes esperaram por Cavaco Silva em Braga. Em causa está a promulgação do diploma do ensino privado.
A população estava descontrolada e a palavra "SOS" era a mais ouvida junto dos estudantes e professores. Os seguranças não chegavam para acalmar as milhares de pessoas que se encontravam na rua.
O candidato foi obrigado a encurtar a visita.
http://www.ionline.pt/

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Assis: 'É essencial que o PS se mobilize'

Assis: 'É essencial que o PS se mobilize'
14 de Janeiro, 2011
O líder parlamentar do PS apelou hoje à mobilização dos socialistas em torno da candidatura presidencial Manuel Alegre, alegando que o projecto do PSD visa a conquista da Presidência, do Governo e de uma maioria no Parlamento.«Esta eleição presidencial é da maior importância. É essencial que o PS se mobilize, tal como os independentes que estão com esta candidatura», declarou Francisco Assis, num almoço da campanha de Manuel Alegre, em Fornos de Algodres.
Neste contexto, o presidente do Grupo Parlamentar do PS mostrou-se convicto que o seu partido «está a mobilizar-se» e referiu-se ao PSD e ao projecto de revisão constitucional deste partido de«destruição do Estado social», em relação ao qual «Manuel Alegre jamais pactuará».
Segundo Assis, nestas eleições presidenciais está em confronto «a palavra» e o «silêncio».
«Manuel Alegre usa a palavra para apresentar ideias, soluções e interrogações, outros procuram em absoluto refugiar-se no silêncio como se não tivessem qualquer obrigação de participar no debate democrático. Ninguém em democracia está acima da crítica», disse, numa crítica velada ao actual Presidente da República.
Francisco Assis manifestou a sua confiança de que, numa segunda volta, «com a esquerda unida, Manuel Alegre vencerá», tal como aconteceu com Mário Soares nas presidenciais de 1986.

Lusa / SOL

'Sócrates resiste, Cavaco atrapalha' - Manuel Alegre

'Sócrates resiste, Cavaco atrapalha' - Manuel Alegre
14 de Janeiro, 2011Por Susete Francisco
Alegre comenta ao SOL eventual vinda do FMI.Antes de um jantar de campanha em Évora, o candidato apoiado pelo PS e pelo BE mostra-se confiante. «Tenho tido mobilização como nunca tinha tido», diz em entrevista ao SOL. Reclama o mérito de ter «à sua volta» dois partidos quase «inconciliáveis». E após explicações contraditórias, na última semana, sobre a cam-panha de publicidade que fez para o BPP, diz que «há ainda algo que falta esclarecer». Mas não é agora.
O Presidente eleito corre o risco de, quando for empossado, já ter cá o FMI. O que faria nessa situação?
As últimas notícias são no sentido de que o FMI está mais longe. O resultado do leilão da dívida foi muito bom. São boas notícias, são notícias de que a execução orçamental está a acalmar esta ofensiva especulativa.
O cenário do FMI está afastado?
Não, e acho que há muita gente que quer a vinda do FMI. Uns porque estão com impaciência e julgam que assim haverá uma crise política, que podem ir mais depressa para o poder. Outros porque acham que o FMI aplicará aquele programa que certas forças políticas querem mas não têm coragem de apresentar a votos, porque sabem que não passaria.
Está falar de Pedro Passos Coelho? Acha que o líder do PSD quer a vinda do FMI?
Não sei se quer ou não. Ele disse uma vez que estava preparado para governar com o FMI, o que é um pouco surpreendente. O que significa o FMI? Despedimento de milhares de pessoas, diminuição acentuadíssima do salário mínimo, mais cortes nos salários e nas pensões, um agravamento muito grande das condições de vida do povo português.
A entrada do FMI não seria um falhanço do Governo?
Seria um falhanço de toda a gente, sobretudo daqueles que iriam sofrer as consequências, os que iriam ser despedidos, os que veriam o salário cortado. Talvez alguns, aqueles que sonham com o poder todo ou aqueles que querem esvaziar o Estado social, ficassem satisfeitos. Mas esses não são a maioria do povo português.
O Governo poderia manter-se em funções nesse cenário?
Uma das razões por que certas forças e certas pessoas querem o FMI é para atirar o Governo abaixo. Mas acho que esse é um preço muito duro para o povo português e até para aqueles que eventualmente venham a ser Governo. Não têm bem a ideia do que é governar com o FMI ou governar numa situação explosiva do ponto de vista social.
Defendeu na campanha que há alternativas a esta política de austeridade. O Governo tem usado precisamente o argumento contrário.
Estou a falar em termos europeus, as alternativas têm que existir ao nível europeu.
Mas o Governo justificou as medidas de austeridade dizendo precisamente que não há alternativa.
Porque estão encostados à parede, a Espanha, Portugal , a Grécia, a Irlanda. Tendo em conta os compromissos assumidos e as imposições que são feitas, a porta fica muito estreita. Mas admiro a determinação com que José Sócrates está a resistir ao FMI. Independentemente das medidas, admito que às vezes é mais fácil capitular, e ele está a resistir à pressão. O FMI não entra por decisão própria, tem que ser o Estado a pedir o recurso ao fundo de estabilização. Mas esta pressão especulativa é feita para encostar os países à parede e forçá-los a essa decisão.
Na sua opinião está resistir sem a ajuda de Cavaco Silva?
Está a resistir, não só sem a ajuda, mas com Cavaco Silva a atrapalhar.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Quem só falou de crise não esteve "à altura dos interesses de Portugal"



"Aqueles que nos últimos dias apenas falaram de crise e de instabilidade não prestaram um um bom serviço ao país": Sócrates respondeu assim a Cavaco Silva na primeira intervenção pública ao lado de Manuel Alegre, na campanha presidencial.

Esta noite, em Castelo Branco, o líder do PS, afirmou que "a história saberá registar quem esteve à altura dos momentos decisivos e quem faltou à chamada num momento crítico de defesa do interesse nacional para Portugal."

Sócrates aponta o dedo, mas não fala em nomes: "Esses que passaram os últimos dias, antes de um período decisivo para o país, a semear a desconfiança, a incerteza e a dúvida não estiveram à altura do interesse nacional."

Motivado pelo discurso de Sócrates - "meu amigo e camarada" -, Alegre mostrou-se convicto de uma segunda volta. "Hoje aqui em Castelo Branco confirma-se a possibilidade de irmos à segunda volta e de depois ganharmos as eleições," afirmou. 

Depois de agradecer a presença do líder socialista, rasgou o elogio. "Admiro a coragem e a determinaçao com que José Sócrates se está a bater. Sócrates está a defender a autonomia do país. Terá sempre o meu apoio," declarou perante os populares, naquele que foi também o primeiro banho de multidão da campanha.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Falta de intervenção no BPN implicaria prejuízos de 20 mil milhões de euros

Falta de intervenção no BPN implicaria prejuízos de 20 mil milhões de euros
11 de Janeiro, 2011
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, revelou hoje pela primeira vez o valor que poderia estar associado à decisão de não intervenção no BPN, no final de 2008, apontando para uma verba de 20 mil milhões de euros.«Os custos que teríamos de suportar se outra instituição de maior dimensão fosse infectada pela situação do Banco Português de Negócios (BPN) justificaram a decisão de nacionalização», disse o governante, recordando que foram nacionalizados 10 bancos na Europa no mesmo período.
Segundo Teixeira dos Santos, «lá fora, os custos ascenderam a 13 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) desses países. Pelo que, em Portugal, seriam 20 mil milhões de euros».
O ministro, que falava aos deputados na Comissão de Orçamento e Finanças, salientou os «riscos sistémicos» relacionados com a situação difícil do BPN, acrescentando que «seria essa a dimensão e a magnitude se houvesse necessidade de intervenção num dos bancos portugueses de grande dimensão».
Mas sublinhou que «felizmente», os principais bancos do sistema financeiro português «não estão em risco», tal como «ficou demonstrado durante esta crise».

Lusa / SOL

Vendas da Jerónimo Martins crescem 18,7% em 2010

Desempenho nas vendas reflecte "o forte crescimento" da Biedronka, Pingo Doce e Recheio.
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Jerónimo Martins revela que as vendas consolidadas cresceram 18,7% (+13,9% a taxa de câmbio constante) para 8,7 mil milhões de euros.

Os dados, ainda preliminares, dão conta que o desempenho de vendas “reflecte o forte crescimento LFL [comparável] das insígnias Biedronka (+11,6%), Pingo Doce(+7,2%) e Recheio (+3,2%) e, também, a notável capacidade de execução da expansão da Biedronka que abriu, em 2010, 197 novas localizações, terminando o ano com um total de 1.649 lojas”, sublinha a mesma fonte.

A empresa explica ainda que, em Portugal, o Pingo Doce e o Recheio “intensificaram o esforço de diferenciação no que respeita às suas propostas comerciais, nas quais a qualidade dos perecíveis e a marca própria continuaram a ter um papel fundamental. Conscientes dos desafios que a envolvente económica levanta desde 2008, ambas as insígnias desenvolveram acções comerciais mais agressivas na comunicação com os seus consumidores e clientes”.

O Pingo Doce registou um crescimento comparável, no ano, de 8,4% nos supermercados (+7,2% no total da rede de lojas).

O Recheio registou um crescimento das vendas de 4,6% em parte impulsionado pela abertura de três novas lojas que reforçaram a presença nacional da insígnia em localizações críticas para o mercado HoReCa.

Na Polónia, a Biedronka registou, no ano, um crescimento de vendas de 29,1% (+19,5% em zloty), atingindo 4,8 mil milhões de euros. Na Madeira, as vendas cresceram 7,8%.

Juros da dívida a dois anos deslizam mais de 15 pontos base

Taxa de juro da dívida a dois anos caiu 16,8 pontos base, a aliviar da recente escalada. A contribuir para esta evolução está a compra de obrigações por parte do BCE e a redução do défice de 2010 para um nível inferior ao estimado.
A “yield” das obrigações a 10 anos recuou 8,0 pontos base para 6,90%, depois de durante a manhã ter chegado a negociar acima dos 7%. Esta tendência é partilhada pelos restantes prazos, com os juros das obrigações a dois anos a recuarem 16,8 pontos base para 4,042% e a taxa da dívida a cinco anos cedeu 13,7 pontos base para 5,801%.

Esta evolução é justificada essencialmente por dois factores. A compra por parte doBanco Central Europeu (BCE) de dívida portuguesa e o anúncio, por parte do Governo de que o défice orçamental de 2010 será inferior aos 7,3% previstos pelo Executivo anteriormente.

BCE voltou hoje ao mercado para adquirir títulos de dívida nacional, dando continuidade à actuação de ontem, que foi descrita pelos operadores como “agressiva”. A notícia foi avançada pelas agências noticiosas internacionais, e citam operadores que pediram para não serem identificados devido à confidencialidade dos negócios.

Além deste factor, logo de manhã, o primeiro-ministro, José Sócrates, e o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciaram que o défice de 2010 vai ficar “claramente” abaixo dos 7,3% previstos inicialmente pelo Executivo, tendo sido apurada uma folga na execução orçamental do ano passado de cerca de 800 milhões de euros.

Estes dois factores estão a diminuir a pressão sobre os juros da dívida portuguesa, a um dia de Portugal realizar a primeira emissão de Obrigações do Tesouro deste ano.

Amanhã, o IGCP vai realizar duas emissões de dívida a longo prazo, através de duas linhas de crédito uma a três e a outra a dez anos. O Estado tenta assim financiar-se entre 750 milhões e 1.250 milhões de euros.