Sócrates no Brasil: fortalecer relações económicas e afirmar o português
1 de Janeiro, 2011
O primeiro-ministro José Sócrates, que está em Brasília para assistir hoje à posse da primeira mulher Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, nomeou como prioridades estreitar as relações políticas e económicas entre os dois países e afirmar o português no mundo.Sócrates lembrou que a economia do Brasil está num processo de internacionalização e espera que as empresas brasileiras, a exemplo da Embraer, Votorantim e Camargo Correa, vejam Portugal como uma oportunidade para este fenómeno.
«As principais empresas brasileiras estão a querer afirmar-se na economia global e nós gostaríamos que elas aproveitassem o facto de Portugal ser um país moderno e europeu para fazerem dali a sua base para a expansão global», afirmou o primeiro-ministro à agência Lusa pouco antes da cerimónia da posse presidencial.
José Sócrates considerou ainda como estratégicas a parceria entre a Galp e a Petrobras e as presenças da Portugal Telecom no Brasil e da Embraer em Portugal, a qual lançará o país na indústria aeronáutica.
«É assim que se constrói um futuro comum. Não apenas com base no romantismo de uma história comum, o que nos interessa valorizar, mas principalmente olhando com confiança e juntando forças para competirmos na economia global», sublinhou.
Questionado se, no encontro que tem marcado no dia 02 com a nova Presidente do Brasil, discutirá a possibilidade de o Brasil vir a comprar títulos da dívida pública portuguesa, Sócrates negou.
«Não vou falar com Dilma Rousseff a propósito disso. O Brasil sabe muito bem o que fazer e não precisa de conselhos sobre como investir as suas reservas. Mas é verdade que o Banco do Brasil, no quadro das suas actividades, compra dívidas de Estados soberanos, e a prioridade que atribuirá à divida euro é matéria do Brasil», respondeu.
Sócrates salientou ainda que, paralelamente ao aprofundamento das relações económicas, Brasil e Portugal devem levar a língua portuguesa para frente da batalha política.
«A responsabilidade histórica que cabia a Portugal de liderar a afirmação da língua portuguesa agora cabe aos dois países e, em particular, ao Brasil, que em breve terá 200 milhões de falantes em língua portuguesa. Estamos juntos nesta batalha de afirmação da língua portuguesa», assinalou.
O primeiro-ministro português referiu ainda ter uma «excelente relação» com Dilma Rousseff e elogiou o Presidente cessante, Lula da Silva, que finaliza oito anos no poder com a aprovação de 87 por cento dos brasileiros.
«O Brasil no Governo do Presidente Lula transformou-se num país que quer ocupar o seu espaço na cena mundial e na economia global e isto dá a Portugal uma grande oportunidade», concluiu Sócrates, apostando que Dilma Rousseff manterá a prioridade política para Portugal.
Lusa / SOL
«As principais empresas brasileiras estão a querer afirmar-se na economia global e nós gostaríamos que elas aproveitassem o facto de Portugal ser um país moderno e europeu para fazerem dali a sua base para a expansão global», afirmou o primeiro-ministro à agência Lusa pouco antes da cerimónia da posse presidencial.
José Sócrates considerou ainda como estratégicas a parceria entre a Galp e a Petrobras e as presenças da Portugal Telecom no Brasil e da Embraer em Portugal, a qual lançará o país na indústria aeronáutica.
«É assim que se constrói um futuro comum. Não apenas com base no romantismo de uma história comum, o que nos interessa valorizar, mas principalmente olhando com confiança e juntando forças para competirmos na economia global», sublinhou.
Questionado se, no encontro que tem marcado no dia 02 com a nova Presidente do Brasil, discutirá a possibilidade de o Brasil vir a comprar títulos da dívida pública portuguesa, Sócrates negou.
«Não vou falar com Dilma Rousseff a propósito disso. O Brasil sabe muito bem o que fazer e não precisa de conselhos sobre como investir as suas reservas. Mas é verdade que o Banco do Brasil, no quadro das suas actividades, compra dívidas de Estados soberanos, e a prioridade que atribuirá à divida euro é matéria do Brasil», respondeu.
Sócrates salientou ainda que, paralelamente ao aprofundamento das relações económicas, Brasil e Portugal devem levar a língua portuguesa para frente da batalha política.
«A responsabilidade histórica que cabia a Portugal de liderar a afirmação da língua portuguesa agora cabe aos dois países e, em particular, ao Brasil, que em breve terá 200 milhões de falantes em língua portuguesa. Estamos juntos nesta batalha de afirmação da língua portuguesa», assinalou.
O primeiro-ministro português referiu ainda ter uma «excelente relação» com Dilma Rousseff e elogiou o Presidente cessante, Lula da Silva, que finaliza oito anos no poder com a aprovação de 87 por cento dos brasileiros.
«O Brasil no Governo do Presidente Lula transformou-se num país que quer ocupar o seu espaço na cena mundial e na economia global e isto dá a Portugal uma grande oportunidade», concluiu Sócrates, apostando que Dilma Rousseff manterá a prioridade política para Portugal.
Lusa / SOL