Foi cometido "crime muito grave" na unidade de Comandos
por LusaHoje
O ministro da Defesa admitiu hoje a existência de indícios de que foi cometido um "crime muito grave" na unidade de comandos da Carregueira, em Belas (Sintra).
"Há indícios de que se praticou um crime grave nessa unidade. Há um incidente muito grave nessa unidade", afirmou Augusto Santos Silva, à margem de um encontro sobre indústrias do mar, realizado em Lisboa. Segundo Augusto Santos Silva, o "Exército tomou as providências necessárias e tem o total apoio do ministro da Defesa no apuramento das responsabilidades, incluindo criminais".
O "Correio da Manhã" noticiou hoje que desapareceram 10 armas de guerra, entre pistolas e metralhadoras, e que 350 militares estão proibidos de saírem do quartel da Carregueira. Entre as armas desaparecidas no final do ano, encontram-se metralhadoras G3, HK e MP5, metralhadoras UZI e pistolas Walther P38.
Questionado sobre se as medidas tomadas pelo Exército na sequência do incidente se estendem a outras unidades, o ministro remeteu uma resposta para as Forças Armadas.
Numa nota enviada hoje à Lusa, o porta-voz do Estado-maior do Exército confirmou a ocorrência de um "incidente com material de guerra" no quartel do Centro de Tropas Comandos, em Belas, mas sem adiantar pormenores por o processo estar em segredo de justiça.