O ministro da Defesa e dirigente do PS Augusto Santos Silva voltou hoje à campanha presidencial de Manuel Alegre para defender que um Presidente da República é «alguém que em primeiro lugar garante o funcionamento das instituições, que não torpedeia o funcionamento das instituições, que não se mete onde não é chamado».Cavaco Silva não foi directamente nomeado, mas o recado é claro:«Não lhe compete a ele [ao Presidente] tutelar o Governo ou definir o rumo das políticas públicas». «Para isso há eleições próprias», as legislativas, concluiu o responsável socialista.
Num comício no teatro Sá de Miranda, em Viana do Castelo, Santos Silva defendeu que o chefe do Estado tem um «compromisso essencial, o da imparcialidade».«Uma vez eleito o Presidente da República é o presidente de todos os portugueses» - não pode ser um «chefe de facção nem ter tutelados seus nas facções políticas».
Afirmando que é «preciso alguém que saiba encarnar os valores da República», Santos Silva visou ainda a presença de Cavaco Silva no Casino Estoril, em Dezembro, para o lançamento de uma campanha destinada a aproveitar as sobras dos sectores da hotelaria e restauração, distribuindo-as por pessoas carenciadas.
«A democracia não é o regime em que se pegue nos restos dos banquetes de uns e se ofereça, com grandes espectáculo mediático, a outros», apontou o ministro da Defesa, afirmando que «ninguém aqui pede ou merece misericódia, muito menos caridade. As pessoas têm direitos».
Na última das intervenções, perante uma plateia de pouco mais de uma centena de pessoas, Manuel Alegre sustentou que Cavaco Silva «começa a demonstrar uma certa preocupação e um certo nervosismo». «Já chamou louco a um candidato, chamou medíocres aos jovens que não estão na sua candidatura», exemplificou o histórico socialista, acrescentando que o recandidato a Belém «começa a compreender que vai ter que disputar a segunda volta».
Entre os oradores do comício da noite de hoje contou-se também o dirigente do Bloco de Esquerda João Teixeira Lopes, para quem Cavaco Silva «está a precisar de uma lição de democracia».
susete.francisco@sol.pt
Num comício no teatro Sá de Miranda, em Viana do Castelo, Santos Silva defendeu que o chefe do Estado tem um «compromisso essencial, o da imparcialidade».«Uma vez eleito o Presidente da República é o presidente de todos os portugueses» - não pode ser um «chefe de facção nem ter tutelados seus nas facções políticas».
Afirmando que é «preciso alguém que saiba encarnar os valores da República», Santos Silva visou ainda a presença de Cavaco Silva no Casino Estoril, em Dezembro, para o lançamento de uma campanha destinada a aproveitar as sobras dos sectores da hotelaria e restauração, distribuindo-as por pessoas carenciadas.
«A democracia não é o regime em que se pegue nos restos dos banquetes de uns e se ofereça, com grandes espectáculo mediático, a outros», apontou o ministro da Defesa, afirmando que «ninguém aqui pede ou merece misericódia, muito menos caridade. As pessoas têm direitos».
Na última das intervenções, perante uma plateia de pouco mais de uma centena de pessoas, Manuel Alegre sustentou que Cavaco Silva «começa a demonstrar uma certa preocupação e um certo nervosismo». «Já chamou louco a um candidato, chamou medíocres aos jovens que não estão na sua candidatura», exemplificou o histórico socialista, acrescentando que o recandidato a Belém «começa a compreender que vai ter que disputar a segunda volta».
Entre os oradores do comício da noite de hoje contou-se também o dirigente do Bloco de Esquerda João Teixeira Lopes, para quem Cavaco Silva «está a precisar de uma lição de democracia».
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