Alegre diz que a direita está agora unida para conquistar o poder todo em Portugal
16h17m
O candidato presidencial Manuel Alegre advertiu hoje, sábado, os seus apoiantes, que irão enfrentar "um combate terrível" porque a "direita unida" domina os poderes económico e mediático, pretendendo agora "o poder todo" com Presidência, Governo e Parlamento.
Manuel Alegre falava num almoço comício, numa quinta de Palmela, com sindicalistas da UGT e CGTP-IN apoiantes da sua candidatura presidencial, onde procurou traçar um dualismo entre a sua candidatura e a de Cavaco Silva.
Segundo o candidato apoiado pelo PS e BE, a sua candidatura representa os "valores progressistas e de Abril", enquanto a do actual chefe de Estado "é conservadora, com características restauracionistas e assistencialistas".
Na sua intervenção, Alegre definiu-se como "o alvo a abater, o empecilho" na tentativa de "coroação" de Cavaco Silva e queixou-se de haver desigualdade de condições nesta corrida a Belém, incluindo no plano mediático, sobretudo ao nível dos comentadores políticos.
"Não pode haver lugar a abstenção, estamos a travar uma grande luta, a direita está unida, mobilizada, domina grande parte do poder mediático em Portugal, tem nas mãos o poder económico. Ora, esse poder económico e mediático, aliado ao poder político, dá-lhes o poder todo", disse.
Para Alegre, a direita "quer o poder todo: quer o Governo, quer o Presidente, quer a Assembleia da República, porque tem uma agenda política que visa descaracterizar os direitos sociais consagrados na Constituição".