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E na ambição também, que indignamente
Tomais mil vezes, e no torpe e escuro
Vício da tirania infame e urgente;
Porque essas honras vãs, esse ouro puro,
Verdadeiro valor não dão à gente.
Melhor é merecê-los sem os ter,
Que possuí-los sem os merecer.
sábado, 18 de junho de 2011
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Sócrates vai viver para Paris e estudar Filosofia
Um ano “sabático” no estrangeiro para se afastar do País é o projecto imediato de Sócrates.
A notícia é avançada pela edição desta sexta-feira do jornal Expresso.
"Depois de anunciar a saída da política portuguesa e de dizer aos camaradas ‘eu adoro-vos', o ainda primeiro-ministro prepara-se para ir viver uns tempos fora", diz o semanário.
Rumar à capital francesa para estudar Filosofia durante um ano é o seu projecto. O primeiro-ministro cessante deve levar com ele o filho mais velho.
"Sócrates já confidenciou esta intenção aos mais próximos num jantar depois da derrota de domingo", diz o Expresso.
Aparentemente, qualquer actividade profissional fica afastada por uns tempos.
Recorde-se que esta quinta-feira, o jornal Sol dizia que Sócrates teria sido convidado para representar, em Portugal e na Europa, grandes empresas brasileiras como a petrolífera Petrobras e a cimenteira Camargo Correia.
Esta notícia foi entretanto desmentida. O gabinete de José Sócrates reagiu à notícia com um comunicado de um parágrafo apenas: "A notícia da primeira página do semanário ‘Sol', de hoje, referente ao Primeiro-ministro é uma notícia falsa".
sócrates de partida para o brasil? talvez , porque não? quando uma viagem termina, começa outra.acontece porém que nesta caso a noticia é falsa.quem diria hein?
O gabinete do primeiro-ministro classifica de "falsa" a notícia avançada pelo semanário "Sol".
O jornal “Sol” noticia hoje que a Presidente do Brasil terá sondado o ainda primeiro-ministro para que ser "representante" das empresas públicas brasileiras junto das instituições europeias.
Num curto comunicado emitido esta manhã, o gabinete de Sócrates afirma que “a notícia da primeira página do semanário “Sol”, de hoje, referente ao Primeiro-ministro é uma notícia falsa”.
Na noite em que anunciou a sua retirada da política activa portuguesa, Sócrates disse que não aceitaria nenhum cargo público e que regressaria a uma vida inteiramente privada.
De acordo com o “Sol”, Dilma Rousseff “incitou José Sócrates a aceitar o convite
para ser o representante de grandes empresas brasileiras junto das instâncias europeias”.
O jornal escreve ainda que “o convite foi também intermediado por Lula da Silva”, tendo chegado “ainda antes da derrota eleitoral de domingo”.
Antigo primeiro-ministro foi convidado para representante das empresas brasileiras de topo em Portugal e na Europa
José Sócrates poderá assumir, em breve, a função de representante de várias empresas brasileiras de topo para Portugal e toda a União Europeia – apurou o SOL junto de fontes próximas do Governo brasileiro.A proposta e o convite foram intermediados pelo ex-Presidente Lula e pela actual Presidente Dilma Rousseff, ambos com estreitas ligações pessoais e políticas a Sócrates. E, na sua visita a Lisboa no final de Março, por ocasião do doutoramento honoris causa de Lula da Silva pela Universidade de Coimbra, Dilma terá reafirmado a Sócrates – já então primeiro-ministro demissionário – o seu empenho para que aceitasse o cargo.
Entre o grupo de empresas de primeiro plano que endereçaram a José Sócrates o convite para ser o seu representante de negócios na UE contam-se a gigante petrolífera Petrobrás e a cimenteira Camargo Correia. O estreito conhecimento que Sócrates adquiriu, nos últimos seis anos e meio, junto de chefes de Governo e de Estado dos outros 26 países da União Europeia, e o seu bom relacionamento com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e as instâncias comunitárias em Bruxelas terão sido os principais argumentos para o convite dirigido por este grupo de empresários ao ex-primeiro-ministro português.
jal@sol.pt
Entre o grupo de empresas de primeiro plano que endereçaram a José Sócrates o convite para ser o seu representante de negócios na UE contam-se a gigante petrolífera Petrobrás e a cimenteira Camargo Correia. O estreito conhecimento que Sócrates adquiriu, nos últimos seis anos e meio, junto de chefes de Governo e de Estado dos outros 26 países da União Europeia, e o seu bom relacionamento com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e as instâncias comunitárias em Bruxelas terão sido os principais argumentos para o convite dirigido por este grupo de empresários ao ex-primeiro-ministro português.
jal@sol.pt
quarta-feira, 8 de junho de 2011
o discurso de José sócrates. um discurso de amor e de união.
Nesta noite quero começar por saudar os portugueses. Todos os portugueses. Todos os Portugueses onde quer que se encontrem e seja qual for a preferência política que manifestaram no dia de hoje. É em dia de eleições que as democracias e as nações se afirmam.
Pois neste dia - neste dia em que o povo democraticamente falou e fez a sua escolha - é isto que sinto e é isto que quero dizer aos portugueses: hoje, como sempre, acredito profundamente em Portugal e no seu futuro. Portugal é fruto da vontade dos portugueses. Portugal é uma nação antiga, forte e capaz, que nunca se vergou nem ao pessimismo, nem à descrença.
Os portugueses sempre souberam ser senhores do seu próprio destino olhando para a frente com confiança e com ambição. É dessa confiança e ambição que precisamos, neste momento. É esse Portugal que quero saudar.
A democracia cumpriu-se hoje, mais uma vez. O povo foi às urnas, o povo falou, o povo fez as suas escolhas políticas para a próxima legislatura. Quero por isso saudar, com respeito democrático, quem ganhou estas eleições: o PSD. Já tive ocasião de felicitar, pelo telefone, o dr. Pedro Passos Coelho e quero renovar essas felicitações aqui, publicamente. E peço aos socialistas que me acompanhem nesse cumprimento democrático a quem venceu as eleições.
O que desejo ao dr. Passos Coelho, com toda a sinceridade, é o melhor: que as coisas lhe corram bem na difícil tarefa que tem pela frente. Desejo-lhe, sinceramente, o que desejaria para mim próprio e para qualquer outro que os portugueses escolhessem para governar neste tempo de dificuldades: que encontre, no fundo de si mesmo, a sabedoria, a prudência, a coragem e o sentido da justiça para liderar este País.
Sempre o disse, e às vezes fui uma voz isolada a dizê-lo: os tempos que temos pela frente exigem sentido das responsabilidades e espírito de compromisso. Nunca precisámos tanto de diálogo, de entendimento e de concertação como agora. E isso não muda com o resultado das eleições. Reafirmo, assim, diante do País, a disponibilidade do Partido Socialista para o diálogo e para os entendimentos que, em coerência com o seu projecto, sejam necessários para que o País possa superar esta crise que atravessamos. Os votos do Partido Socialista estarão sempre ao serviço de Portugal.
Agora como sempre, o Partido Socialista será fiel aos seus valores, aos seus compromissos e ao seu programa. E provará que também na oposição é possível fazer muito para defender Portugal e construir o futuro.
O Partido Socialista, todos o sabem, disputou estas eleições em circunstâncias nacionais e internacionais extraordinariamente difíceis.
Os resultados são o que são: o Partido Socialista perdeu estas eleições. Mas é preciso que se diga: nas actuais circunstâncias, o PS teve um resultado que dignifica o Partido Socialista e o seu papel na história da democracia em Portugal.
Mas não me escondo atrás das circunstâncias. Esta derrota eleitoral é minha e assumo-a por inteiro esta noite.
Entendo, por isso, que é chegado o momento de abrir um novo ciclo político na liderança no Partido Socialista. Um novo ciclo político que seja capaz de cumprir aquele que é, a partir de hoje, o dever primeiro do Partido Socialista: preparar uma alternativa consistente, credível e mobilizadora para voltar a governar Portugal.
Já pedi ao Presidente do Partido Socialista, o nosso bom amigo e camarada Almeida Santos, para convocar para os próximos dias a Comissão Nacional do PS, de modo a marcar um Congresso Extraordinário e a desencadear, tão depressa quanto possível, o processo para a eleição de uma nova liderança e de uma nova direcção para o Partido Socialista.
Pela minha parte, encerro hoje mais uma etapa de um longo percurso de 23 anos de exercício das mais diversas funções políticas. Estou profundamente grato aos portugueses por me terem dado a oportunidade e a honra de servir o meu País e os meus compatriotas.Regresso, com orgulho, à honrosa condição de militante de base do Partido Socialista.
Quero dar espaço ao Partido Socialista para discutir livremente o seu futuro e afirmar uma nova liderança, sem qualquer condicionamento. Deixo, pois, a primeira linha da actividade política e não pretendo ocupar qualquer outro cargo político nos tempos mais próximos.
Mas serei, como sempre, cidadão. Cidadão nesta democracia, cidadão de corpo inteiro nesta República centenária. E na nossa República democrática, quem assume plenamente a condição de cidadão estará sempre na vida política.
Todas as lideranças políticas cometem erros e eu terei, certamente, cometido alguns. Mas nunca cometi o erro de não agir e de não decidir. E não cometi o erro de fugir e de virar a cara às dificuldades, isso não.
Ocorrem-me, naturalmente, algumas coisas que porventura poderia ter feito melhor, aqui ou ali. Pelos resultados outros falarão a seu tempo. E o tempo é sempre o melhor juiz da obra realizada. Mas o que vos digo é que não me ocorre nada que os socialistas ou o Partido Socialista pudessem ter feito mais e melhor do que aquilo que fizeram ao meu lado, ao serviço de Portugal!
Ao longo destes seis anos, o Partido Socialista deu tudo o que tinha, honrando a sua identidade e o melhor da sua História. Soube ser, em todas as ocasiões, um Partido solidário, um partido forte, um partido de muita coragem.
Coube ao Partido Socialista enfrentar na governação tempos tão difíceis que um dia terão de ser estudados nos livros de História, tal como hoje se estudam outras grandes crises do passado. E fizemos o que tinha de ser feito, sem virar a cara. Tomámos medidas difíceis a pensar no futuro do País e aceitando correr os riscos partidários da impopularidade.
O contexto da crise económico-financeira, porventura, não permite a inteira visibilidade do muito que o País progrediu nestes últimos seis anos. Mas quero dizer ao Partido Socialista e a todos os que me apoiaram nesta campanha eleitoral que podemos ter perdido hoje estas eleições, mas não temos de recear o julgamento da História!
Fizemos juntos um longo caminho. Esta campanha permanecerá como um momento inesquecível da minha vida. Não sei o que mais poderíamos ter feito para ganhar estas eleições. Esse juízo deixo-o para outros. Cada minuto passado a pensar nisso é um minuto perdido para o futuro. O que sei é que o PS fez, nestas eleições uma grande campanha. Uma campanha muito forte, com muito entusiasmo e com muita mobilização. O Partido Socialista travou, por todo o País, um grande combate pelas suas ideias e pelo seu projecto político.
Quero, por isso, dirigir uma palavra de caloroso agradecimento a todos os socialistas e não socialistas que estiveram connosco, mais uma vez, activos e empenhados nesta campanha eleitoral. Agradeço à organização da campanha, aos dirigentes do PS, aos presidentes das Federações Distritais, aos nossos autarcas, aos voluntários e à Juventude Socialista, que se afirmou, uma vez mais, como uma garantia de esperança no futuro do PS!
Mas agradeço, sobretudo, aos militantes e simpatizantes do PS, que por todo o País saíram à rua para virem ao nosso encontro e fazerem desta campanha uma campanha vibrante. Tal como quero agradecer aos eleitores que quiseram hoje, com o seu voto, afirmar a sua confiança no projecto do Partido Socialista.
Mas devo uma palavra de especial reconhecimento àqueles que mais de perto, no Partido Socialista e no Governo, me acompanharam desde o início neste projecto exigente mas empolgante e que souberam sempre dar o melhor de si próprios. São pessoas, preparadas e capazes, que fizeram muito pelo Partido Socialista e, sobretudo, pelo País. Estou-lhes eternamente agradecido e quero deixar-lhes um forte abraço, de grande amizade.
Permitam-me que dirija, também, uma palavra de agradecimento aos que me são mais próximos. Como já alguém disse, uma campanha eleitoral é sempre mais difícil para a família do que para os candidatos. Tal como o cargo de Primeiro-ministro, por difícil que seja, é sempre mais penoso para os filhos do que para o próprio Primeiro-ministro. Espero poder compensá-los agora com o amor de sempre e anos um pouco mais tranquilos.
Caras amigas, caros amigos
Termino este mandato com o sentimento de serenidade interior, de quem enfrentou tempos difíceis dando o seu melhor, até ao limite das suas forças, ao serviço do seu País.
Não perderei um momento que seja a lamentar o que podia ter sido e não foi; ou o que podia ter feito e não fiz. Recordarei, isso sim, o que pude fazer convosco ao serviço de Portugal.
E também não levo nem ressentimentos nem amarguras. Não são essas as companhias que quero para os dias felizes que tenho pela frente.
Esta noite – especialmente esta noite – o meu coração está preenchido. Não há nele outro sentimento que não seja amor ao meu País, amor aos meus compatriotas. E gratidão. Uma profunda gratidão por os portugueses me terem dado a extraordinária oportunidade e a suprema honra de, como Primeiro-Ministro, poder servir o meu País - que é Portugal.
José Sócrates, 05 Jun 11
terça-feira, 7 de junho de 2011
o partido socialista vai escolher novo dirigente.sócrates para mim e para muitos como eu seria de novo a melhor escolha.
Compreendo a decisão de José sócrates em se afastar perante o resultado das últimas eleições.Não que considere que esses resultados sejam incómodos ou surpreendentes, afinal de contas perante outros resultados europeus, Sócrates demonstrou a sua superioridade e o amor que o Povo real tem por ele.
A verdade é que estes resultados eleitorais incomodam as direitas que esperavam obter a absoluta maioria e que não a conseguiram justamente porque o seu opositor foi José sócrates.
Estas eleições no Ps interessam-me pouco. Dali nascerá um Ps que nem sei se será forte ou mesmo capaz de dinamizar as forças de que tanto necessitamos hoje em dia; a verdade ( por muito que doa dizê-la ) é que o verdadeiro catalizador de energias e vontades é mesmo Sócrates e muito dificilmente aparecerá alguém com essa capacidade de unir e de orientar a união.
Porém sendo como é este , um tempo para que as direitas mostrem ao povo o que na verdade são e o que na verdade desejam , talvez nem seja muito importante o afastamento de José sócrates da ribalta politica até porque depois de ouvir os tristes comentaristas laranjas , entre eles Marcelo e Marques mendes, percebemos até que ponto os resultados eleitorais os incomodam e até que ponto continuam a temer este homem a quem nunca na realidade conseguiram vencer.
Sócrates continuará pois a representar a oportunidade, a liberdade e a esperança para os milhares de Portugueses que nele votaram e que votaram Ps apenas porque era ele o seu dirigente e quanto a essa realidade, não há volta a dar-lhe. As direitas que se mostrem e que nos mostrem a má e cruel política que se preparam para levar a cabo , na tentativa de protecção continuada a membros enredados nos piores crimes de colarinho branco, enquanto nos tratam a todos como promissórias para regalo de compra e venda nas negociatas das extremas direitas. Veremos o que sentirá o Nobre Povo ácerca dessas politicas e no dia em que o povo se levantar contra o roubo, contra a calúnia e contra a difamação veremos o que restará destas extremas direitas agora unidas para nos vender .
Até lá muita saúde a José sócrates, bom descanso, olhos bem abertos e atenção redobrada porque é muitas vezes no período em que descansamos que os inimigos tentam abater-nos.
Quanto ao Ps e ao seu próximo dirigente desejo muita força e muita união.
Porque sem essas capacidades nada se consegue e muito há agora para tentar conseguir.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
quando um homem é homem de honra não pratica discursos de ódio. Sócrates é um Homem.
Interrompido por manifestações de tristeza, o líder socialista, emocionado, pediu aos presentes para «não tornarem o momento ainda mais difícil do que é».
«Não devemos recear o julgamento da História» considerou, depois de ter assumido que cometeu erros mas que fez «o que devia ser feito» pelo país.
«Não devemos recear o julgamento da História» considerou, depois de ter assumido que cometeu erros mas que fez «o que devia ser feito» pelo país.
«O que sei é que o PS fez nesta eleição uma grande campanha» afirmou ainda.
O anúncio da sua demissão foi feito depois de saudar publicamente a vitória de Passos Coelho e manifestar a disponibilidade do PS para o diálogo, tendo em conta a sua matriz ideológica.
«Acredito profundamente em Portugal e no seu futuro». disse José Sócrates, arrancando um aplauso dos socialistas. «Já saudei Pedro Passos Coelho e quero renovar essa saudação aqui»
A Passos «desejo sinceramente o que desejaria para mim próprio», sublinhando: «Desejo-lhe o melhor».
As emoções de Sócrates na hora do adeus
O anúncio da sua demissão foi feito depois de saudar publicamente a vitória de Passos Coelho e manifestar a disponibilidade do PS para o diálogo, tendo em conta a sua matriz ideológica.
«Acredito profundamente em Portugal e no seu futuro». disse José Sócrates, arrancando um aplauso dos socialistas. «Já saudei Pedro Passos Coelho e quero renovar essa saudação aqui»
A Passos «desejo sinceramente o que desejaria para mim próprio», sublinhando: «Desejo-lhe o melhor».
As emoções de Sócrates na hora do adeus
No final do discurso, Sócrates falou da família, com uma palavra especial para os filhos, «os que mais sofreram», com a batalha política que terminara, agora que se demitia de secretário-geral e abandonava a vida pública. Depois, o líder demissionário desceu do palanque, e os socialistas que lhe são mais próximos precipitaram-se para o abraçar.
Na ordem dos afectos, Sócrates escolheu duas figuras. Edite Estrela, que promoveu a sua ascensão no partido, e Pedro Silva Pereira, seu braço direito no Governo, tiveram direito a saudação especial. O ministro da Presidência recebeu um forte abraço e a eurodeputada o primeiro beijo.
domingo, 5 de junho de 2011
sócrates demite-se é certo. mas tem a coragem de ficar dando a cara pelas suas ideias e pelo partido a que serviu com honra. o partido socialista e o povo português precisa de um homem com este perfil. até logo camarada.
"Não cometi o erro de fugir ou de virar a cara às dificuldades. Ocorrem-me algumas coisas que podia ter feito melhor. Mas não me ocorre nada que os socialistas pudessem ter feito mais e melhor do que poderiam ter feito ao serviço de Portugal. Ao longo destes seis anos o PS deu tudo o que tinha, honrando as suas responsabilidades", realçou."Podemos ter perdido hoje, mas não podemos recear o julgamento da história. Fizemos juntos um longo caminho. Não sei que mais podíamos ter feito para ganhar estas eleições. O PS fez uma grande campanha, forte. O PS travou por todo o País um combate pelas suas ideias."
sexta-feira, 3 de junho de 2011
PS responde aos leitores do Negócios
Reformas, gestores públicos, evasão fiscal e taxa social única estão entre os temas abordados pelo PS. Veja as respostas do partido às questões colocadas pelos leitores do Negócios.
O Negócios lançou o desafio para que os leitores colocassem questões aos partidos. Recebemos mais de 100 perguntas dirigidas ao PS.
Na recta final da campanha para as eleições legislativas o PS respondeu a algumas questões. A escolha das perguntas teve como critério os temas mais abordados pelos leitores. As perguntas foram respondidas via e-mail.
O PS está disponível para rever o acesso às funções de gestor público, criando uma entidade independente que regulasse o acesso a estas funções, de forma transparente e através da avaliação independente dos candidatos, deixando de haver nomeações politicas, e definido muito bem o que são cargos técnicos e o que são cargos políticos?
A posição do PS nesta matéria é muito clara: defender a transparência no acesso aos cargos de empresas públicas, bem como a execução de uma política de rigor e exigência na gestão das mesmas. E foi de acordo com esta posição que tomou medidas como a limitação dos bónus dos gestores públicos e a redução de remunerações em empresas públicas.
Numa altura em que é necessário reduzir a despesa do Estado, não faz sentido criar mais uma entidade pública no Estado para desempenhar este tipo de funções.
O PS propõe, isso sim, o aumento do esforço para aumentar a transparência e disciplina na gestão das empresas públicas, nomeadamente (i) definindo limites ao endividamento, (ii) estendendo a todo o Sector Empresarial do Estado o Princípio da Unidade de Tesouraria, (iii) aplicando de forma obrigatória os Princípios de Bom Governo, (iv) estendendo a contratualização de serviço público e (v) e alargando a definição de objectivos e orientações de gestão.
Vão acabar com os governos civis?
O PSD refere frequentemente a eliminação das “gorduras do Estado”, mas a verdade é que os governos do PSD nunca procederam a qualquer racionalização com resultados. Aliás, com o PSD, o número de funcionários públicos aumentou sempre.
Pelo contrário, os governos do PS promoveram importantes medidas de racionalização: 25% dos organismos públicos foram fundidos ou extintos, 1 em cada 4 cargos dirigentes foram eliminados e reduziu-se em mais de 70 mil o número de funcionários públicos, sem despedimentos.
A questão da extinção ou manutenção dos governos civis é apenas um dos aspectos a abordar em matéria de racionalização dos serviços do Estado. O importante é conseguir obter resultados efectivos de redução de estruturas desnecessárias, em vez de apresentar proclamações mediáticas que isoladamente são insuficientes.
E aqui, o PS tem ideias muito concretas.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Imagem de Portugal piora se escolher um primeiro-ministro que nem secretário de Estado foi
O ex-ministro da Economia Manuel Pinho advertiu hoje que os estrangeiros "não são parvos" e que a imagem de internacional de Portugal ficará pior se escolher um primeiro-ministro que nunca foi sequer secretário de Estado.
Manuel Pinho falava no comício da Feira do PS, onde fez duras críticas à actuação e às propostas políticas do PSD, começando por pegar em posições recentemente assumidas pelo secretário-geral social-democrata, Miguel Relvas.
"Eu não queria acreditar no que esse braço direito dizia do seu líder, que não era bom a fazer campanha, mas que talvez como primeiro-ministro fosse melhor. Pensava que era primeiro de Abril, mas era mesmo verdade o que estava a ler: Ou seja, é como ir ao supermercado e comprar maçãs verdes e dizer que não há problema, porque daqui a 15 dias podem estar boas", disse Pinho, provocando risos entre os apoiantes socialistas, concluindo, depois, que esta "não é altura para fazer experiências".
http://www.jornaldenegocios.pt/
quarta-feira, 1 de junho de 2011
“a confortável posição de liquidez da República
Ministério das Finanças justifica o facto de não ter colocado o máximo previsto na emissão de bilhetes do tesouro hoje realizada.
Portugal emitiu hoje 850 milhões de euros em bilhetes do Tesouro a 3 meses, um montante inferior ao máximo previsto da colocação, que oscilava entre 750 e 1000 milhões de euros.
Numa nota enviada às redacções, oMinistério das Finanças justifica que “a confortável posição de liquidez da República não justificou colocação do montante máximo”.
Na semana passada Portugal recebeu a primeira tranche do empréstimo do Fundo Monetário Internacional, no montante de 6,1 mil milhões de euros. Ontem recebeu a primeira parte do empréstimo da União Europeia (1,75 mil milhões de euros) e hoje veio a segunda tranche no valor de 4,75 mil milhões de euros.
Portugal pagou uma taxa implícita de 4,967% na emissão hoje realizada, o que compara com um juro médio de 4,652% por bilhetes do Tesouro de maturidade semelhante realizada há cerca de um mês.
O Ministério das Finanças assinala que a não colocação do montante máximo “teve efeito positivo na taxa de juro alcançada, permitindo colocação a taxa inferior à abertura do mercado hoje em mais de 60 pontos”.
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