Mário Soares, na sua coluna de opinião do Diário de Notícias, defendeu que as propostas da troika “devem ser discutidas pelo Governo e, pelo menos, pelo maior Partido da Oposição e avaliadas e apreciadas devidamente pelo Senhor Presidente da República”.
O ex-governante recordou ainda que os elementos do FMI, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu que constituem a troika “não nos dão nada: emprestam-nos e com juros muito elevados. E, porventura, acrescentando exigências que nos poderão ser muito prejudiciais, se só forem tomadas em conta a redução do deficit e dos endividamentos, privados e públicos, sem que haja dinheiro para investir, evitando arecessão, diminuindo o desemprego, as desigualdades e a pobreza, que começam a ser altamente perturbadoras para a sociedade portuguesa”.