Buraco colossal
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O SILÊNCIO À VOLTA DA MEMÓRIA


Em “relação às contas na Suíça, julgo que o assunto está mais do que esclarecido.
Há para lá umas contas na Suíça, há para lá umas pessoas que têm contas na Suíça.
O engenheiro José Sócrates – o que se demonstra com as contas na Suíça – é que não tem nada a ver com as contas na Suíça”
João Araújo 29/05/2015


Á ESQUINA DO MONTE CARLO


HERBERTO, A AVENTURA nos eternos

- Este blog voltou ao activo hoje dia 10 de Junho de 2015. -

E ponde na cobiça um freio duro,
E na ambição também, que indignamente
Tomais mil vezes, e no torpe e escuro
Vício da tirania infame e urgente;
Porque essas honras vãs, esse ouro puro,
Verdadeiro valor não dão à gente.
Melhor é merecê-los sem os ter,
Que possuí-los sem os merecer.

Camões / Lusiadas


Isto não há nada como acenar com medalhinhas para ter sempre clientela.

domingo, 21 de junho de 2015

E não deve ser por acaso que começa agora a falar-se de arquivamento:- Acusação ou arquivamento do caso de Sócrates podem ter lugar em 2016. RTP / DN

A acusação a José Sócrates ou o arquivamento do caso podem acontecer apenas em 2016. A hipótese é avançada pelo procurador que tem em mãos o processo, numa resposta enviada a um juiz do Tribunal da Relação de Lisboa. Isto significa que a investigação poderá atravessar dois actos eleitorais.

A detenção de José Sócrates aconteceu no ano passado, tal como a prisão preventiva. Mas a acusação ao antigo primeiro-ministro socialista não deverá ser conhecida antes de 2016, ano de eleições presidenciais.A demora estará relacionada com a reconstituição de circuitos financeiros, cartas rogatórias enviadas ao Reino Unido e à Suíça e a necessidade de ouvir pessoas que se encontram para lá das fronteiras portuguesas. Argumento rejeitado em toda a linha pela defesa do ex-governante.

Esta possibilidade é admitida pelo próprio procurador titular do processo e está estampada nas páginas do Diário de Notícias.

Em resposta ao juiz que votou vencido no Tribunal da Relação de Lisboa, o procurador Rosário Teixeira afirmou ser imprevisível uma data para a conclusão da fase de inquérito, mas garante que não será seguramente antes de cair o pano sobre o corrente ano civil.

Se assim for, contrapõe João Araújo, advogado de defesa, José Sócrates terá de ser imediatamente libertado.



sábado, 20 de junho de 2015

“Vivemos num país perigoso e, quando se fala de justiça, vivemos num país perigosíssimo”, afirmou João Araújo

Advogado de Sócrates acusa juízes e procuradores de rodarem “à rédea solta” e fazerem “exactamente o que lhes apetece”.


João Araújo, advogado do ex-primeiro-ministro José Sócrates, considerou na sexta-feira que há um “domínio absoluto do Ministério Público” em Portugal e o país atravessa uma situação “perigosa” .Araújo participou num colóquio sobre o estado da justiça em Vila Real de Santo António



“Os juízes, os procuradores, as juízas, as procuradoras, rodam à rédea solta e fazem exactamente o que lhes apetece. 
E quando, por falta de talento, por excesso de serviço ou por qualquer outra razão, não conseguem fazer nos prazos aquilo que deviam fazer em prazos mais curtos, surgem leis que lhes derrogam os prazos”, criticou.





MP admite que a acusação não estará concluída até ao final deste ano. José Sócrates terá de ser libertado antes, em novembro.







sexta-feira, 19 de junho de 2015

Sócrates devia ter sido libertado: os argumentos do juiz derrotado



Numa extensa declaração, José Reis arrasa com o trabalho do Ministério Público no caso que envolve o ex-primeiro-ministro, suspeito dos crimes de fraude fiscal agravada, branqueamento e corrupção.

"Não pode ser à custa da elevação do prazo da sua prisão preventiva que se poderão ultrapassar eventuais atrasos ou dificuldades da restante investigação." 

"Não se pode justificar a excecional complexidade com a indicação, de forma desgarrada e difusa, de uma enxurrada de factos (alguns de duvidosa relevância criminal) e a omissão de outros que são nucleares para permitirem estabelecer judicialmente uma conexão aos primeiros."

 "Este tribunal fica sem saber o que, concretamente, com relevância criminal, se está a investigar, pelo que não pode conceder o seu aval àquilo que desconhece. Ou seja, se se ignoram os indícios dos factos que se projetam demonstrar não se pode fazer um juízo fundamentado acerca da complexidade da investigação, sendo certo que não há complexidade alguma em investigar o nada, o vazio."

Juiz sobre Sócrates: "Realidade nua e crua: Há total ausência de indícios de corrupção"

O juiz que acredita que José Sócrates não deveria estar preso explica as razões.Realidade nua e crua: Há total ausência de indícios de corrupção


José Reis, juiz desembargador que votou contra a declaração de especial complexidade do processo Operação Marquês, garante, após analisar todo o processo e o que constava dos autos, que “em momento algum [quando foi detido], o recorrente [José Sócrates] foi confrontado com quaisquer factos ou indícios concretos suscetíveis de integrar o crime de corrupção”.



Não há complexidade alguma em investigar o nada, o vazio”, assume o juiz sobre o mandado de libertação intitulado de complexo.



quinta-feira, 18 de junho de 2015

E a pouco e pouco , a Verdade lá se vai afirmando:- Relação Um dos juízes discordou do 'não' a recurso de Sócrates


Um dos juízes discordou do 'não' a recurso de Sócrates





Na opinião do magistrado, manter antigo primeiro-ministro em prisão preventiva é ilegal, uma vez que não há condições para que o processo se mantenha com a designação de especial complexidade. Isto porque ainda não foram imputados factos ao arguido.

Não existindo já perigo de fuga, só essa condição permite que não se tenham ultrapassado todos os prazos, nomeadamente o do segredo de justiça, que faz com que os arguidos da Operação Marquês não tenham tido ainda acesso aos autos.

Foi isso que levou o magistrado José Reis a proferir fortes críticas contra o Ministério Público e o juiz de instrução Carlos Alexandre.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Mais um recurso rejeitado mas desta vez brechas foram abertas.

O juiz que votou vencido foi José Reis, a quem o recuso tinha sido inicialmente distribuído. Como a outra juíza da secção, Laura Maurício, não concordou com o seu entendimento, foi chamada a deliberar também a presidente da secção, Teresa Féria. Ambas as magistradas pronunciaram-se favoravelmente à decisão de Carlos Alexandre e às alegações feitas pelo procurador Rosário Teixeira, rejeitando o recuso de José Sócrates.

O mistério adensa-se. Ora isto em Maio era assim:

Questionado pelos jornalistas sobre o estado de alma do arguido José Sócrates, João Araújo referiu que “ele está um pouco mais satisfeito do que eu, não sei bem porquê, porque eu já estou muito”. Aliás, acrescentou mais à frente, estes factos novos “também me deixam muito satisfeito (…) então há um… se eu pudesse falar”.
28/5/2015,


Advogado de Sócrates reafirma que Sócrates tem de ser libertado. “Isto é uma chuchadeira”





segunda-feira, 15 de junho de 2015

Pânico se a investigação judicial falhar??? Homessa. Pânico o tanas. Se a investigação - isso chamem-lhe investigação para eu me rir - falhar o que falha é o sistema corrupto de uma justiça entregue aos bichos e aos mais nojentos difamadores.E isso nunca geraria pânico mas alívio. Porque finalmente poderiamos viver finalmente num país decente e não nesta colossal estrumeira.

- "Não temos pena. 
Apenas pânico - se a investigação judicial falhar e a acusação não produzir provas consistentes. " SÉRGIO FIGUEIREDO






Justiça de Kafka. - António Luís Marinho





A transcrição deste interrogatório foi “oferecida” a vários órgãos de comunicação social, tendo alguns recusado a “oferta”. 

Não estou a acusar os órgãos de comunicação social que decidiram publicar o interrogatório, até porque quase todos os outros aproveitaram a boleia, citando-os.

domingo, 14 de junho de 2015

Ora em 2009 o exmo pacheco pereira pensava assim. Agora não sei como pensa.

6.2.09

COISAS DA SÁBADO: QUE “PODERES”? E ONDE ESTÃO “OCULTOS”?


Ao fim de quinze dias de caso Freeport assiste-se a uma curiosa evolução, que não é novidade no tipo de resposta pública do Primeiro-ministro José Sócrates a qualquer tipo de dúvidas sobre o seu currículo, actividade profissional e política: a partidarização e politização agressiva, contra adversários nomeados ou não. O Primeiro-ministro nega sem esclarecer e depois ataca. Desta vez não são nomeados os sujeitos do ataque, são as “forças” os “poderes ocultos” que estão por trás desta “campanha negra”. Por isso, a politização do caso Freeport pelo Primeiro-ministro vai de vento em popa e é bastante unilateral. E é mau que seja unilateral. Porque uma coisa é os partidos da oposição não se quererem pronunciar sobre as questões de justiça e a investigação do caso Freeport, o que se compreende, outra é não se quererem pronunciar sobre as “forças ocultas” a que se refere o Primeiro-ministro.

Se há “forças ocultas” a atacar o Primeiro-ministro de Portugal, e se são “forças”, ou seja têm poder, e se são “ocultas”, ou seja se se escondem e dissimulam, tal é matéria para a justiça e para os serviços de informação, porque é desestabilização do Estado que daí resulta, por um lado, e a quebra do prestígio de Portugal (que já não abunda) no exterior, ou seja, matéria de segurança, por outro. Por isso, se eu estivesse na Assembleia, ou o entrevistasse num jornal, faria uma simples pergunta ao Primeiro-ministro: como sabe ele que há “forças ocultas” e quais são essas “forças”? Sabe-o porque recebeu informações nesse sentido, ele que tem o gabinete recheado de serviços de informações? Sabe porque conhece quem faz as fugas e com quem existe um conluio para as divulgar? Se sabe, deve comunicá-lo ao Ministério Público. Por aí adiante. E não largava o Primeiro-ministro sem ter uma resposta cabal, porque um Primeiro-ministro não pode ficar apenas por uma insinuação de grande gravidade e depois aproveitar-se das eventuais vantagens políticas da insinuação. É um mau caminho, que não mostra sequer a indignação de um inocente falsamente acusado, mas o tacticismo de um político profissional.
© José Pacheco Pereira 

(url)

Pois é. Sócrates não está disposto a vergar. Nunca esteve. Agora os exmos comentadores de sempre, são só bitaites a descompor a justiça. E no entanto mesmo depois de Sócrates ter sido ilibado no caso freeport continuaram as cenas da tal má língua. Mas durante os anos em que passaram a vidinha a atacar Sócrates em todos os aspectos da sua vida politica e privada não se lembraram de que andavam todos a ajudar para que o desfecho fosse este mesmo.

SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2009
por Daniel Oliveira
Publico aqui, na íntegra, o texto de João Miguel Tavares. E assino por baixo. E não deixo de achar interessante que os mesmos que se queixam da judicialização da política achem que a crítica deve ser matéria criminal. Sócrates não é o primeiro e não será o último a querer calar através da lei as vozes que o incomodam. O Freeport é assunto que ele gosta de trazer para o debate se lhe servir para a vitimização política. Mas só é legítimo se servir os seus objectivos. Os outros, que se calem. Estou, obviamente, solidário com João Miguel Tavares. Até porque já estive no lugar dele. E do outro lado estava um senhor que, como Sócrates, vive mal com a liberdade.



















TERÇA-FEIRA, 31 DE 
MARÇO DE 2009
por Daniel Oliveira
Olhando para a forma como reage a cada notícia desagradável e as suspeitas que lança sobre todos os órgãos de informação que não lhe prestam vassalagem, alguém acredita que o governo seria capaz de qualquer tipo de pressão sobre os investigadores do caso Freeport?

Porque Sócrates não verga

Daniel oliveira- Expresso. 
09.06.2015


Mandar Sócrates para casa com uma pulseira electrónica era a única forma de reduzir a pressão pública para que haja uma acusação formal sem dar o braço a torcer. Mas José Sócrates não está disposto a facilitar a vida aos investigadores. E, nesta matéria, faz bem. Quem, ao fim de meio ano, continua a não ter uma acusação para apresentar, tem de permitir que o arguido aguarde em liberdade. Não se prende para investigar, investiga-se para julgar




sexta-feira, 12 de junho de 2015

João Araújo "Somos demasiado vaidosos para ser cobardes" :)




”.O advogado de José Sócrates considera que “é uma canalhice vir imputar à defesa” qualquer fuga de segredo de justiça. 

“No dia em que a defesa quiser transmitir cá para fora peças do processo, nós transmitimos mas pomos o nosso nome por baixo. Nós não atiramos pedras e escondemos a mão. Tanto eu como o meu colega somos demasiado vaidosos para ser cobardes”, afirmou.
“Esta história é uma pura vigarice”, disse ainda, acrescentando que “o que tem havido mais neste processo é violações do segredo de justiça”.


“A Procuradoria só não persegue os autores da ‘graça’ porque não quer, porque os tem que proteger”
Somos demasiado vaidosos para ser cobardes

João Araújo: “É verdade que me deram o CD mas não fui eu que o divulguei”



João Araújo garante: "A PGR sabe de onde partiu a divulgação".

João Araújo vai mais longe e afirma: “A Procuradoria Geral da República sabe de onde partiu a divulgação da transcrição. Isto é ridículo, estão carecas de saber quem foi”. O próprio José Sócrates, há alguns meses, disse ao Ministério Público quem achava que era o autor das várias fugas de informação que têm dado origem às notícias na comunicação social. Não apresentou provas “porque não é polícia”, diz João Araújo, que não se cansa de repetir: “A Procuradoria só não atua porque não quer, sabe quem foi”.


Segundo o Observador apurou, uma cópia ficou no processo, outra foi enviada para o juiz Carlos Alexandre e uma terceira foi entregue ao advogado João Araújo, que a requereu com vista a preparar o recurso do seu cliente. Esta informação foi já confirmada ao Observador pela PGR: “Ao abrigo do art.º 101 n.º 4 do Código de Processo Penal, e na sequência de requerimento apresentado nos autos, foi entregue ao advogado do arguido José Sócrates cópia do DVD com as declarações prestadas no interrogatório realizado.” Esta requisição pode, por norma, demorar alguns dias, mas em muitos casos agiliza-se o processo e entrega-se de imediato a transcrição aos advogados dos arguidos. Foi o que aconteceu.


E eu sublinho: Sócrates ao dizer Não! deu mais um exemplo de grande civismo e enorme coragem.O resto são couves e muita conversa da treta


E, naturalmente, José Sócrates não se limitou a dizer “não”. Aproveitou a ocasião para fazer um balanço público do que, na sua perspectiva, se passou no processo durante estes seis meses de prisão. E fê-lo de uma forma juridicamente discutível mas literariamente demolidora: “Seis meses sem acusação. Seis meses sem acesso aos autos. Seis meses de um furiosa campanha mediática (…) Seis meses de imputações falsas, absurdas e, pior – infundamentadas (…) Seis meses, enfim, de arbítrio e de abuso”. E caracteriza desta forma o “falhanço” da instância judicial: “depois de seis meses de prisão, nem factos, nem provas, nem acusação”.

****

Nunca deixará de me surpreender o efeito do ressentimento no comportamento humano. Julgo não me enganar quando vejo o ressentimento como causa do acinte e do azedume tão evidentes nas recentes decisões do Senhor Procurador da República e do Senhor Juiz de Instrução. Mas o que considero extraordinário é que esse ressentimento resulte do facto de eu me ter limitado a exercer um direito que a lei me concede - dizer não a ser vigiado por meios eletrónicos. Como se, para estas autoridades judiciárias, o exercício legítimo de direitos constitua uma impertinência, um desaforo, um desrespeito para com a justiça.
Este momento diz-nos muito sobre uma certa cultura judiciária. A acção penal democrática funda-se - e legitima-se - na liberdade, nos direitos individuais e nos limites que o Estado se impõe a ele próprio. Este despacho do senhor Juiz de Instrução e a promoção do Ministério Público a que dá seguimento são estranhos a essa cultura, pertencem a outra família, à da ordem, da submissão, da obediência - para ela, sim, os direitos existem, mas para serem utilizados com parcimónia, quando nós quisermos, quando nós dissermos, como nós quisermos, para o que nós quisermos. Lamento dizê-lo, mas o poder que exerceram não foi o do direito, mas o da força.
Todavia, não raro o excesso, de força e de ressentimento, atraiçoa - há excessos de força que só expõem fraqueza. Tal é o caso e este é o ponto a que chegámos.
José Sócrates

Operação Marquês : Sócrates denunciou alegado violador do segredo de justiça.


Sócrates denunciou alegado violador do segredo de justiça

A informação está a ser avançada pela SIC Notícias, desconhecendo-se porém quando foi feita essa denúncia à Procuradoria-geral da República.

Em causa está a publicação na revista Sábado de transcrições do interrogatório realizado pelo procurador Rosário Teixeira, do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), a José Sócrates.
Porém, segundo avança hoje a SIC Notícias, terá sido o próprio José Sócrates a denunciar à PGR o nome da pessoa que alegadamente entrega documentos do processo à revista. Desconhece-se, contudo, quando foi feita essa denúncia, se em fevereiro durante uma audição no DCIAP, se numa outra audição, feita mais recentemente por videoconferência.

Sócrates acusa juiz e procurador de "azedume"


Sócrates acusa juiz e procurador de azedume




"O que considero extraordinário é que esse ressentimento resulte do facto de eu me ter limitado a exercer um direito que a lei me concede - dizer não a ser vigiado por meios eletrónicos. Como se, para estas autoridades judiciárias, o exercício legítimo de direitos constitua uma impertinência, um desaforo, um desrespeito para com a justiça”.

“Da nossa parte acabou o segredo de justiça”, declara advogado de Sócrates. - Público



“Da nossa parte acabou o segredo de justiça”, declarou João Araújo, acrescentando que passará a informar a comunicação social de todos os documentos que enviar para o tribunal. A violação do segredo de justiça é crime e é precisamente por isso que a Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um inquérito na sequência da divulgação das transcrições do interrogatório: para descobrir a origem da fuga de informação.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Ministério Público lançou uma “calúnia insensata e irresponsável” contra Sócrates, diz advogado. - Expresso

O diretor do "CM Octávio Ribeiro, diz que o jornal está disposto a processar" João Araújo

João Araújo acusa o procurador Rosário Teixeira de ter inventado um alegado favorecimento do governo do ex-primeiro-ministro socialista ao resort de luxo Vale do Lobo 

- "   Este Plano, cujos trabalhos se iniciaram ao tempo do Governo do Dr. Durão Barroso, prosseguiram com o Governo do Dr. Santana Lopes, ficaram concluídos em 2007, já no Governo de José Sócrates;" -

 Para o advogado do antigo líder socialista, “o que foi posto em causa foi, mais do que a honra dele, a honra do governo de Portugal e das pessoas e das instâncias técnicas, administrativas e políticas que intervieram na elaboração do PROT Algarve”.
 “Os responsáveis por mais esta calúnia insensata e irresponsável terão de responder por ela”, diz Araújo, acrescentando que vai recorrer em “todas as sedes possíveis”. Incluindo a “opinião pública”.


Sócrates contra ataca: juízes usaram “o poder da força” - Observador

O ex-primeiro ministro não poupa nas palavras que utiliza para criticar Carlos Alexandre e Rosário Teixeira. Diz que eles se movem pelo ressentimento e usam "o poder da força".


José Sócrates fala pela primeira vez desde que foi reconfortada a prisão preventiva pelo juiz Carlos Alexandre. Em declarações enviadas por escrito à TSF e ao Diário de Notícias,  o ex-primeiro ministro tece duras acusações contra Carlos Alexandre e contra o procurador Rosário Teixeira. 



“A acção penal democrática funda-se – e legitima-se – na liberdade, nos direitos individuais e nos limites que o Estado se impõe a ele próprio. Este despacho do senhor Juiz de Instrução e a promoção do Ministério Público a que dá seguimento são estranhos a essa cultura, pertencem a outra família, à da ordem, da submissão, da obediência – para ela, sim, os direitos existem, mas para serem utilizados com parcimónia, quando nós quisermos, quando nós dissermos, como nós quisermos, para o que nós quisermos”. José Sócrates reforça esta ideia afirmando: “O poder que exerceram [o juiz e o procurador] não foi o do direito, mas o da força”.



Resort de Vale do Lobo desmente ter sido favorecido por Sócrates. -Expresso



Administrador Diogo Gaspar Ferreira garante que empreendimento de luxo no Algarve não beneficiou com plano de ordenamento aprovado pelo ex-primeiro-ministro em 2007



João Araújo: ‘MP vai ter de responder por calúnias a Sócrates’.- Sol

João Araújo: ‘MP vai ter de responder por calúnias a Sócrates’


A defesa de José Sócrates lança duras críticas à forma como o Ministério Público está a conduzir a investigação ao ex-primeiro-ministro. Num comunicado enviado às redacções, o advogado João Araújo afirma que “à medida que vamos andando neste processo, mais se revela que o Ministério Público prendeu José Sócrates para investigar e investiga para suspeitar.” 
E deixa um alerta: “Os responsáveis por mais esta calúnia insensata e irresponsável terão de responder por ela, em todas as sedes possíveis, a começar pela que escolheram – a da opinião pública.”


“Esta nova suspeita [de Vale de Lobo], como as outras, alimenta-se unicamente de si própria, sem que nenhum facto dê substância mínima à suspeita. Depois desta importante revelação, ninguém que tenha lido o que para aí se escreveu e ouvido o que para aí se disse conseguirá dizer em que consistiu esse favorecimento. E, valha a verdade, nem mesmo o inventor da suspeita sabe do que, de que factos, suspeita – limita-se a frases e palavras sem significado inteligível: fala de “implementar”, menciona “autarquias” e de coisas de quejando significado”,



João Araújo Suspeita de favorecimento a Vale do Lobo é "falsa" ou "inventada"


Suspeita de favorecimento a Vale do Lobo é falsa ou inventada

A defesa de José Sócrates considerou hoje "insensata e falsa, sem qualquer fundamento" e inventada a "nova" suspeita do Ministério Público (MP) sobre o favorecimento ao empreendimento Vale do Lobo, pelo ex-primeiro-ministro e pelo seu governo.


"Esta nova suspeita, como as outras, alimenta-se unicamente de si própria, sem que nenhum facto dê substância mínima à suspeita. Depois desta importante revelação, ninguém que tenha lido o que para aí se escreveu e ouvido o que para aí se disse, conseguirá dizer em que consistiu esse favorecimento", refere João Araújo, advogado de José Sócrates, numa declaração escrita, enviada à agência Lusa.


"Revelada juntamente com transcrição de um interrogatório, este novo passo em frente vem alimentar a campanha de maledicência e mostrar que as autoridades continuam vigilantes", frisa João Araújo, alegando que, "nem mesmo o inventor da suspeita sabe do que, de que factos, suspeita", pois "limita-se a frases e palavras sem significado inteligível".

"O que foi posto em causa foi, mais do que a honra dele, a honra do Governo de Portugal e das pessoas e das instâncias técnicas, administrativas e políticas que intervieram na elaboração do PROT [Programa Regional do Ordenamento do Território] Algarve 2. Os responsáveis por mais esta calúnia insensata e irresponsável terão de responder por ela, em todas as sedes possíveis, a começar pela que escolheram: a da opinião pública", conclui João Araújo.


Operação Marquês. MP abre inquérito por violação do segredo de justiça. - Observador.

O Ministério Público abriu um inquérito por violação de segredo de justiça, depois de terem sido publicadas na imprensa transcrições de um interrogatório de Sócrates. O advogado João Araújo já reagiu.

A descrição detalhada do último interrogatório a José Sócrates, que decorreu a 27 de Maio, foi publicada na edição desta semana da revista Sábado. Nela se podem ler as perguntas do procurador do Departamento Central de Investigação Criminal, Rosário Teixeira, e as respostas do ex-primeiro ministro.

Sócrates não ter sido ouvido pode constituir ilegalidade. -

Quando o Ministério Púbico propõe uma alteração de uma medida de coação, a lei obriga a que a defesa se pronuncie e enviar uma carta pode não ser suficiente.
PAÍS
Sócrates não ter sido ouvido pode constituir ilegalidade
DR

Sócrates devia ter sido ouvido sobre a prisão preventiva. - DN

Advogados e juízes dão razão à defesa do ex-primeiro-ministro e dizem que o Ministério Público e o juiz estiveram mal.

- (...) "Depois de o Ministério Público (MP) ter feito uma segunda promoção de medida, desta vez para manter o arguido em prisão preventiva, deveria ter sido assegurado o contraditório. A lei obriga a que a defesa tenha de se pronunciar quando o MP propõe uma alteração da medida de coação." (...)

quarta-feira, 10 de junho de 2015

“Há uma estratégia que passa pela condenação em praça pública de Sócrates”

O advogado Magalhães e Silva considerou, esta terça-feira, na TVI24, que o Ministério Público (MP) e as polícias têm “uma estratégia comunicacional” que “passa pela condenação em praça pública de José Sócrates”. 
 
“Quem tiver a oportunidade de ler o acórdão do tribunal que justifica a prisão preventiva de José Sócrates verifica que tudo o que está no acórdão tinha sido alvo de fuga do segredo de justiça”, disse o jurista num debate para discutir a manutenção da prisão preventiva do antigo primeiro-ministro.

“É um pouco dizer-lhe: ‘Olha filho, safas-te perante o juiz, mas não te safas perante a opinião pública e a tua reputação fica irremediavelmente afetada’”, acrescentou.

Manter Sócrates em prisão preventiva é “ilegal”, diz penalista. - Público

O responsável da AAP lembra que a pulseira electrónica apenas permite controlar o perigo de fuga e não outros perigos como o de perturbação do inquérito. Neste caso, é o próprio Ministério Público a reconhecer que o principal risco é a perturbação da recolha e da conservação da prova considerando o perigo de fuga diminuto. Sublinhando que não está a comentar o caso concreto, mas as questões jurídicas que este suscita, Paulo Sá e Cunha defende que neste tipo de situação a pulseira electrónica não se mostra indispensável. “A pulseira não evita de forma nenhuma que um arguido forje provas ou faça contactos para influenciar testemunhas”, nota o advogado



João Araújo :- Sócrates em preventiva: “É uma decisão de óbvia vingança”

O advogado de José Sócrates está convencido que a manutenção da prisão preventiva do antigo primeiro-ministro é “uma decisão de óbvia vingança”. 
 


“Isto é uma perseguição pessoal e política. Isto já saiu do mundo do Direito. Eu como advogado e sabendo um pouco de Direito, que sei, não reconheço o Direito neste tipo de comportamento”, acrescentou João Araújo à saída do Estabelecimento Prisional de Évora.
  
A decisão não surpreende arguido nem advogados, assegura João Araújo: “O senhor engenheiro José Sócrates não ficou surpreendido, nem desiludido, nem pasmado.” 
  
O advogado anunciou também que vai recorrer. “É evidente que uma das coisas que faremos é o recurso. Isso é evidente. Neste caso, muito facilitado pela má qualidade de todo este processamento. Este processamento tem um conjunto de erros, de vícios”, disse. 
  
João Araújo teceu duras críticas ao Ministério Público e ao juiz de Instrução responsável pelo processo. O advogado sublinha que a decisão não foi ainda comunicado oficialmente ao arguido nem aos seus advogados. 
 
“Nos termos da lei, as decisões judiciais são comunicadas por notificação. Infelizmente, neste processo estabeleceu-se a prática de as decisões judiciais serem comunicadas através dos jornais”, garantiu.
  
  
O advogado de José Sócrates voltou também a reforçar que ainda não foi formalizada qualquer acusação e que ainda não foi apresentado qualquer facto que justifique a prisão de José Sócrates. “O senhor procurador da República e o senhor juiz de instrução estão determinados a uma coisa com que o senhor engenheiro não está de acordo que é ir libertado em prestações suaves para não soltar tanto. Para não se perceber tanto”, considerou. 
  
João Araújo acrescentou, aliás, que “eles vão libertar estas pessoas todas”.  O jurista fala em “invenções” e assegura que “não têm rigorosamente ada” contra José Sócrates.

Da série: A diferença entre um Homem e um bando da pior escumalha.

-"Quiseram-me preso?
Agora apresentem-me as provas.
Estou preso e continuarei. Não me venham passar a mão pelo lombo para que o juiz possa corrigir, junto da opinião pública, os erros grosseiros que cometeu.”

O interrogatório a Sócrates: “O sr. procurador não pode ser assim uma virgem vestal” - Observador.

Vamos ao guião, ponto a ponto:
  • O encontro começou com José Sócrates a pedir a palavra.“O que tenho a dizer é muito desgradável, mas tenho de o dizer: estas imputações são falsas, todas elas. Não há neste documento um pingo de verdade. E lamento que o Ministério Público não se interesse pela descoberta da verdade, mas que esteja mais concentrado na perseguição”. Sócrates acusou Rosário Teixeira, responsável pelo processo, de esconder os últimos beneficiários das contas de Santos Silva na Suíça (aquelas que o MP suspeita que serviam de veículo para o ex-primeiro-ministro. “Não é o meu nome que está lá”, disse Sócrates.
  • De seguida, Sócrates acusaria Rosário Teixeira de o insultar, acusando-o de ser corrupto “só por ter um contrato com uma farmacêutica”. O procurador interrompeu-o nesta fase, negando ter dito algo semelhante. A reunião acabaria por decorrer com sucessivas interrupções deste tipo, diz a revista.
  • A dado passo, o procurador levanta as novas suspeitas sobre as operações de compra da antiga quinta em Sintra de Domingos Duarte Lima – nomeadamente com passagens de propriedade, para um primo de Sócrates e, depois, para um empresário do grupo Lena. A resposta de Sócrates foi no mesmo registo: “E, portanto, como era do meu primo é meu. Pronto, é assim que os senhores fazem imputações. Epá, parabens”. E nem o pedido de Rosário Teixeira para que argumentasse resolveu: Sócrates tomou as perguntas como um insulto. E aproveitou para questionar porque não havia uma acusação num prazo razoável, “de seis meses”. “Não é altura de metermos a mão na consciência, senhor procurador?”.
  • Rosário Teixeira voltaria à quinta de Sintra. E Sócrates a negar conhecer o local ou sequer de ter conversas sobre o assunto:“Não me lembro de nada disso. Eu não sou íntimo do Duarte Lima. A não ser que queira pôr aqui que, como era propriedade do Duarte Lima, então pertencia ao Sócrates. Não quer acrescentar?“. O procurador não desistiu – e falou da venda da quinta e de um pagamento feito a Carlos Santos Silva, no valor de um milhão de euros, mais estranho quando o empresário não figurava como dono do terreno. Sócrates irorizou: “É natural, é meu”.
  • Os negócios do primo de Sócrates voltariam à baila, depois no que respeita aos terrenos em Vale do Lobo e em Angola – também na mira do MP. Rosário Teixeira perguntou a Sócrates se conhecia. A resposta foi negativa e veio com um desafio:“Pergunte-lhe a ele, não o posso ajudar”. Mas o procurador insistiu com Angola, dado que a transferência financeira entre o primo de Sócrates e Hélder Bataglia (da Escom) foi feita antes da venda dos terrenos respetivos.
  • Sócrates aproveitou para pedir contas à investigação: “Como é que o senhor se atreve a fazer-me imputações de corrupção em casas da Venezuela, concessões rodoviárias, TGV, Parque Escolar e, agora, o aeroporto? Se tem algum elemento, faça o favor de me apresentar”, disse Sócrates. A resposta de Rosário Teixeira foi com uma pergunta: “Admite que alguma vez o senhor Carlos Santos Silva tenha pedido contrapartidas à Lena invocando o seu nome?”. E Sócrates respondeu: “Não, não admito, porque tenho a melhor das ideias do Carlos Santos Silva”. A discussão azedou e Sócrates acabou por desabafar: “Escreve aqui corrupção e pronto. Isso é só para me manterem na prisão. Não consegue precisar nada”.
  • Depois volta o caso de Vale do Lobo, onde Rosário Teixeira fala de uma “coincidência entre um pagamento a Hélder Bataglia e a aprovação pelo Governo de então do Plano de Ordenamento que autorizaria o empreendimento. Resposta de Sócrates: “A única coisa que sei de Vale do Lobo é o restaurante onde ia de vez em quando jantar. Não faço ideia quem são os acionistas”, terá dito, de acordo com a Sábado. “O senhor está a dizer que houve corrupção. Isso é mentira, senhor procurador. E não se faz uma acusação dessas sem que o senhor diga ‘olhe, tenho aqui estas provas'”. E nova pergunta do procurador: “Porque é que houve então um pagamento da parte de Vale do Lobo a Carlos Santos Silva?”. Resposta: “Desculpe lá, mas eu sei lá isso”.
  • As gravações da audição mostram que, no longo interrogatório, Sócrates fez acusações sucessivas aos procuradores e ao modo como o estavam a “perseguir”. Rosário Teixeira responderia que o tratava “como outra pessoa qualquer”, Sócrates reagiria dizendo que não, numa frase entendida por Rosário Teixeira como ofensiva. “Desculpe, eu não estou a ofendê-lo, estou a criticá-lo (…). O sr. procurador não pode ser assim uma virgem vestal a quem não se pode dirigir uma crítica”, acusou Sócrates, referindo-se às sacerdotisas virgens que faziam o culto da Deusa romana Vesta.
  • A fechar o interrogatório, houve ainda perguntas sobre viagens a Vezena, em dois finais de ano consecutivos, que Carlos Santos Silva terá pago a Sócrates e a amigos e família quando este era primeiro-ministro. Sócrates confirmou as viagens, mas insistiu na sua relação de longa amizade com o empresário. O inspetor tributário, que estava também presente, perguntou porque algumas faturas foram passadas em nome do ex-PM e depois corrigidas – ficando em nome de Santos Silva. Sócrates alegou não se recordar dos detalhes de uma viagem com vários anos e Rosário Teixeira insistiu: “Se me tivessem oferecido um fim de ano em Veneza, com certeza eu lembrar-me-ia de quem é que ofereceu. Por isso mesmo é que lhe foi feita a pergunta”. E Sócrates, de novo: “Não vá por aí, não vá por aí, pá”.
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