Buraco colossal
MY WEBRINGS PAGE
O SILÊNCIO À VOLTA DA MEMÓRIA


Em “relação às contas na Suíça, julgo que o assunto está mais do que esclarecido.
Há para lá umas contas na Suíça, há para lá umas pessoas que têm contas na Suíça.
O engenheiro José Sócrates – o que se demonstra com as contas na Suíça – é que não tem nada a ver com as contas na Suíça”
João Araújo 29/05/2015


Á ESQUINA DO MONTE CARLO


HERBERTO, A AVENTURA nos eternos

- Este blog voltou ao activo hoje dia 10 de Junho de 2015. -

E ponde na cobiça um freio duro,
E na ambição também, que indignamente
Tomais mil vezes, e no torpe e escuro
Vício da tirania infame e urgente;
Porque essas honras vãs, esse ouro puro,
Verdadeiro valor não dão à gente.
Melhor é merecê-los sem os ter,
Que possuí-los sem os merecer.

Camões / Lusiadas


Isto não há nada como acenar com medalhinhas para ter sempre clientela.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Operação Marquês : Sócrates denunciou alegado violador do segredo de justiça.


Sócrates denunciou alegado violador do segredo de justiça

A informação está a ser avançada pela SIC Notícias, desconhecendo-se porém quando foi feita essa denúncia à Procuradoria-geral da República.

Em causa está a publicação na revista Sábado de transcrições do interrogatório realizado pelo procurador Rosário Teixeira, do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), a José Sócrates.
Porém, segundo avança hoje a SIC Notícias, terá sido o próprio José Sócrates a denunciar à PGR o nome da pessoa que alegadamente entrega documentos do processo à revista. Desconhece-se, contudo, quando foi feita essa denúncia, se em fevereiro durante uma audição no DCIAP, se numa outra audição, feita mais recentemente por videoconferência.

Sócrates acusa juiz e procurador de "azedume"


Sócrates acusa juiz e procurador de azedume




"O que considero extraordinário é que esse ressentimento resulte do facto de eu me ter limitado a exercer um direito que a lei me concede - dizer não a ser vigiado por meios eletrónicos. Como se, para estas autoridades judiciárias, o exercício legítimo de direitos constitua uma impertinência, um desaforo, um desrespeito para com a justiça”.

“Da nossa parte acabou o segredo de justiça”, declara advogado de Sócrates. - Público



“Da nossa parte acabou o segredo de justiça”, declarou João Araújo, acrescentando que passará a informar a comunicação social de todos os documentos que enviar para o tribunal. A violação do segredo de justiça é crime e é precisamente por isso que a Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um inquérito na sequência da divulgação das transcrições do interrogatório: para descobrir a origem da fuga de informação.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Ministério Público lançou uma “calúnia insensata e irresponsável” contra Sócrates, diz advogado. - Expresso

O diretor do "CM Octávio Ribeiro, diz que o jornal está disposto a processar" João Araújo

João Araújo acusa o procurador Rosário Teixeira de ter inventado um alegado favorecimento do governo do ex-primeiro-ministro socialista ao resort de luxo Vale do Lobo 

- "   Este Plano, cujos trabalhos se iniciaram ao tempo do Governo do Dr. Durão Barroso, prosseguiram com o Governo do Dr. Santana Lopes, ficaram concluídos em 2007, já no Governo de José Sócrates;" -

 Para o advogado do antigo líder socialista, “o que foi posto em causa foi, mais do que a honra dele, a honra do governo de Portugal e das pessoas e das instâncias técnicas, administrativas e políticas que intervieram na elaboração do PROT Algarve”.
 “Os responsáveis por mais esta calúnia insensata e irresponsável terão de responder por ela”, diz Araújo, acrescentando que vai recorrer em “todas as sedes possíveis”. Incluindo a “opinião pública”.


Sócrates contra ataca: juízes usaram “o poder da força” - Observador

O ex-primeiro ministro não poupa nas palavras que utiliza para criticar Carlos Alexandre e Rosário Teixeira. Diz que eles se movem pelo ressentimento e usam "o poder da força".


José Sócrates fala pela primeira vez desde que foi reconfortada a prisão preventiva pelo juiz Carlos Alexandre. Em declarações enviadas por escrito à TSF e ao Diário de Notícias,  o ex-primeiro ministro tece duras acusações contra Carlos Alexandre e contra o procurador Rosário Teixeira. 



“A acção penal democrática funda-se – e legitima-se – na liberdade, nos direitos individuais e nos limites que o Estado se impõe a ele próprio. Este despacho do senhor Juiz de Instrução e a promoção do Ministério Público a que dá seguimento são estranhos a essa cultura, pertencem a outra família, à da ordem, da submissão, da obediência – para ela, sim, os direitos existem, mas para serem utilizados com parcimónia, quando nós quisermos, quando nós dissermos, como nós quisermos, para o que nós quisermos”. José Sócrates reforça esta ideia afirmando: “O poder que exerceram [o juiz e o procurador] não foi o do direito, mas o da força”.



Resort de Vale do Lobo desmente ter sido favorecido por Sócrates. -Expresso



Administrador Diogo Gaspar Ferreira garante que empreendimento de luxo no Algarve não beneficiou com plano de ordenamento aprovado pelo ex-primeiro-ministro em 2007



João Araújo: ‘MP vai ter de responder por calúnias a Sócrates’.- Sol

João Araújo: ‘MP vai ter de responder por calúnias a Sócrates’


A defesa de José Sócrates lança duras críticas à forma como o Ministério Público está a conduzir a investigação ao ex-primeiro-ministro. Num comunicado enviado às redacções, o advogado João Araújo afirma que “à medida que vamos andando neste processo, mais se revela que o Ministério Público prendeu José Sócrates para investigar e investiga para suspeitar.” 
E deixa um alerta: “Os responsáveis por mais esta calúnia insensata e irresponsável terão de responder por ela, em todas as sedes possíveis, a começar pela que escolheram – a da opinião pública.”


“Esta nova suspeita [de Vale de Lobo], como as outras, alimenta-se unicamente de si própria, sem que nenhum facto dê substância mínima à suspeita. Depois desta importante revelação, ninguém que tenha lido o que para aí se escreveu e ouvido o que para aí se disse conseguirá dizer em que consistiu esse favorecimento. E, valha a verdade, nem mesmo o inventor da suspeita sabe do que, de que factos, suspeita – limita-se a frases e palavras sem significado inteligível: fala de “implementar”, menciona “autarquias” e de coisas de quejando significado”,



João Araújo Suspeita de favorecimento a Vale do Lobo é "falsa" ou "inventada"


Suspeita de favorecimento a Vale do Lobo é falsa ou inventada

A defesa de José Sócrates considerou hoje "insensata e falsa, sem qualquer fundamento" e inventada a "nova" suspeita do Ministério Público (MP) sobre o favorecimento ao empreendimento Vale do Lobo, pelo ex-primeiro-ministro e pelo seu governo.


"Esta nova suspeita, como as outras, alimenta-se unicamente de si própria, sem que nenhum facto dê substância mínima à suspeita. Depois desta importante revelação, ninguém que tenha lido o que para aí se escreveu e ouvido o que para aí se disse, conseguirá dizer em que consistiu esse favorecimento", refere João Araújo, advogado de José Sócrates, numa declaração escrita, enviada à agência Lusa.


"Revelada juntamente com transcrição de um interrogatório, este novo passo em frente vem alimentar a campanha de maledicência e mostrar que as autoridades continuam vigilantes", frisa João Araújo, alegando que, "nem mesmo o inventor da suspeita sabe do que, de que factos, suspeita", pois "limita-se a frases e palavras sem significado inteligível".

"O que foi posto em causa foi, mais do que a honra dele, a honra do Governo de Portugal e das pessoas e das instâncias técnicas, administrativas e políticas que intervieram na elaboração do PROT [Programa Regional do Ordenamento do Território] Algarve 2. Os responsáveis por mais esta calúnia insensata e irresponsável terão de responder por ela, em todas as sedes possíveis, a começar pela que escolheram: a da opinião pública", conclui João Araújo.


Operação Marquês. MP abre inquérito por violação do segredo de justiça. - Observador.

O Ministério Público abriu um inquérito por violação de segredo de justiça, depois de terem sido publicadas na imprensa transcrições de um interrogatório de Sócrates. O advogado João Araújo já reagiu.

A descrição detalhada do último interrogatório a José Sócrates, que decorreu a 27 de Maio, foi publicada na edição desta semana da revista Sábado. Nela se podem ler as perguntas do procurador do Departamento Central de Investigação Criminal, Rosário Teixeira, e as respostas do ex-primeiro ministro.

Sócrates não ter sido ouvido pode constituir ilegalidade. -

Quando o Ministério Púbico propõe uma alteração de uma medida de coação, a lei obriga a que a defesa se pronuncie e enviar uma carta pode não ser suficiente.
PAÍS
Sócrates não ter sido ouvido pode constituir ilegalidade
DR

Sócrates devia ter sido ouvido sobre a prisão preventiva. - DN

Advogados e juízes dão razão à defesa do ex-primeiro-ministro e dizem que o Ministério Público e o juiz estiveram mal.

- (...) "Depois de o Ministério Público (MP) ter feito uma segunda promoção de medida, desta vez para manter o arguido em prisão preventiva, deveria ter sido assegurado o contraditório. A lei obriga a que a defesa tenha de se pronunciar quando o MP propõe uma alteração da medida de coação." (...)

quarta-feira, 10 de junho de 2015

“Há uma estratégia que passa pela condenação em praça pública de Sócrates”

O advogado Magalhães e Silva considerou, esta terça-feira, na TVI24, que o Ministério Público (MP) e as polícias têm “uma estratégia comunicacional” que “passa pela condenação em praça pública de José Sócrates”. 
 
“Quem tiver a oportunidade de ler o acórdão do tribunal que justifica a prisão preventiva de José Sócrates verifica que tudo o que está no acórdão tinha sido alvo de fuga do segredo de justiça”, disse o jurista num debate para discutir a manutenção da prisão preventiva do antigo primeiro-ministro.

“É um pouco dizer-lhe: ‘Olha filho, safas-te perante o juiz, mas não te safas perante a opinião pública e a tua reputação fica irremediavelmente afetada’”, acrescentou.

Manter Sócrates em prisão preventiva é “ilegal”, diz penalista. - Público

O responsável da AAP lembra que a pulseira electrónica apenas permite controlar o perigo de fuga e não outros perigos como o de perturbação do inquérito. Neste caso, é o próprio Ministério Público a reconhecer que o principal risco é a perturbação da recolha e da conservação da prova considerando o perigo de fuga diminuto. Sublinhando que não está a comentar o caso concreto, mas as questões jurídicas que este suscita, Paulo Sá e Cunha defende que neste tipo de situação a pulseira electrónica não se mostra indispensável. “A pulseira não evita de forma nenhuma que um arguido forje provas ou faça contactos para influenciar testemunhas”, nota o advogado



João Araújo :- Sócrates em preventiva: “É uma decisão de óbvia vingança”

O advogado de José Sócrates está convencido que a manutenção da prisão preventiva do antigo primeiro-ministro é “uma decisão de óbvia vingança”. 
 


“Isto é uma perseguição pessoal e política. Isto já saiu do mundo do Direito. Eu como advogado e sabendo um pouco de Direito, que sei, não reconheço o Direito neste tipo de comportamento”, acrescentou João Araújo à saída do Estabelecimento Prisional de Évora.
  
A decisão não surpreende arguido nem advogados, assegura João Araújo: “O senhor engenheiro José Sócrates não ficou surpreendido, nem desiludido, nem pasmado.” 
  
O advogado anunciou também que vai recorrer. “É evidente que uma das coisas que faremos é o recurso. Isso é evidente. Neste caso, muito facilitado pela má qualidade de todo este processamento. Este processamento tem um conjunto de erros, de vícios”, disse. 
  
João Araújo teceu duras críticas ao Ministério Público e ao juiz de Instrução responsável pelo processo. O advogado sublinha que a decisão não foi ainda comunicado oficialmente ao arguido nem aos seus advogados. 
 
“Nos termos da lei, as decisões judiciais são comunicadas por notificação. Infelizmente, neste processo estabeleceu-se a prática de as decisões judiciais serem comunicadas através dos jornais”, garantiu.
  
  
O advogado de José Sócrates voltou também a reforçar que ainda não foi formalizada qualquer acusação e que ainda não foi apresentado qualquer facto que justifique a prisão de José Sócrates. “O senhor procurador da República e o senhor juiz de instrução estão determinados a uma coisa com que o senhor engenheiro não está de acordo que é ir libertado em prestações suaves para não soltar tanto. Para não se perceber tanto”, considerou. 
  
João Araújo acrescentou, aliás, que “eles vão libertar estas pessoas todas”.  O jurista fala em “invenções” e assegura que “não têm rigorosamente ada” contra José Sócrates.

Da série: A diferença entre um Homem e um bando da pior escumalha.

-"Quiseram-me preso?
Agora apresentem-me as provas.
Estou preso e continuarei. Não me venham passar a mão pelo lombo para que o juiz possa corrigir, junto da opinião pública, os erros grosseiros que cometeu.”

O interrogatório a Sócrates: “O sr. procurador não pode ser assim uma virgem vestal” - Observador.

Vamos ao guião, ponto a ponto:
  • O encontro começou com José Sócrates a pedir a palavra.“O que tenho a dizer é muito desgradável, mas tenho de o dizer: estas imputações são falsas, todas elas. Não há neste documento um pingo de verdade. E lamento que o Ministério Público não se interesse pela descoberta da verdade, mas que esteja mais concentrado na perseguição”. Sócrates acusou Rosário Teixeira, responsável pelo processo, de esconder os últimos beneficiários das contas de Santos Silva na Suíça (aquelas que o MP suspeita que serviam de veículo para o ex-primeiro-ministro. “Não é o meu nome que está lá”, disse Sócrates.
  • De seguida, Sócrates acusaria Rosário Teixeira de o insultar, acusando-o de ser corrupto “só por ter um contrato com uma farmacêutica”. O procurador interrompeu-o nesta fase, negando ter dito algo semelhante. A reunião acabaria por decorrer com sucessivas interrupções deste tipo, diz a revista.
  • A dado passo, o procurador levanta as novas suspeitas sobre as operações de compra da antiga quinta em Sintra de Domingos Duarte Lima – nomeadamente com passagens de propriedade, para um primo de Sócrates e, depois, para um empresário do grupo Lena. A resposta de Sócrates foi no mesmo registo: “E, portanto, como era do meu primo é meu. Pronto, é assim que os senhores fazem imputações. Epá, parabens”. E nem o pedido de Rosário Teixeira para que argumentasse resolveu: Sócrates tomou as perguntas como um insulto. E aproveitou para questionar porque não havia uma acusação num prazo razoável, “de seis meses”. “Não é altura de metermos a mão na consciência, senhor procurador?”.
  • Rosário Teixeira voltaria à quinta de Sintra. E Sócrates a negar conhecer o local ou sequer de ter conversas sobre o assunto:“Não me lembro de nada disso. Eu não sou íntimo do Duarte Lima. A não ser que queira pôr aqui que, como era propriedade do Duarte Lima, então pertencia ao Sócrates. Não quer acrescentar?“. O procurador não desistiu – e falou da venda da quinta e de um pagamento feito a Carlos Santos Silva, no valor de um milhão de euros, mais estranho quando o empresário não figurava como dono do terreno. Sócrates irorizou: “É natural, é meu”.
  • Os negócios do primo de Sócrates voltariam à baila, depois no que respeita aos terrenos em Vale do Lobo e em Angola – também na mira do MP. Rosário Teixeira perguntou a Sócrates se conhecia. A resposta foi negativa e veio com um desafio:“Pergunte-lhe a ele, não o posso ajudar”. Mas o procurador insistiu com Angola, dado que a transferência financeira entre o primo de Sócrates e Hélder Bataglia (da Escom) foi feita antes da venda dos terrenos respetivos.
  • Sócrates aproveitou para pedir contas à investigação: “Como é que o senhor se atreve a fazer-me imputações de corrupção em casas da Venezuela, concessões rodoviárias, TGV, Parque Escolar e, agora, o aeroporto? Se tem algum elemento, faça o favor de me apresentar”, disse Sócrates. A resposta de Rosário Teixeira foi com uma pergunta: “Admite que alguma vez o senhor Carlos Santos Silva tenha pedido contrapartidas à Lena invocando o seu nome?”. E Sócrates respondeu: “Não, não admito, porque tenho a melhor das ideias do Carlos Santos Silva”. A discussão azedou e Sócrates acabou por desabafar: “Escreve aqui corrupção e pronto. Isso é só para me manterem na prisão. Não consegue precisar nada”.
  • Depois volta o caso de Vale do Lobo, onde Rosário Teixeira fala de uma “coincidência entre um pagamento a Hélder Bataglia e a aprovação pelo Governo de então do Plano de Ordenamento que autorizaria o empreendimento. Resposta de Sócrates: “A única coisa que sei de Vale do Lobo é o restaurante onde ia de vez em quando jantar. Não faço ideia quem são os acionistas”, terá dito, de acordo com a Sábado. “O senhor está a dizer que houve corrupção. Isso é mentira, senhor procurador. E não se faz uma acusação dessas sem que o senhor diga ‘olhe, tenho aqui estas provas'”. E nova pergunta do procurador: “Porque é que houve então um pagamento da parte de Vale do Lobo a Carlos Santos Silva?”. Resposta: “Desculpe lá, mas eu sei lá isso”.
  • As gravações da audição mostram que, no longo interrogatório, Sócrates fez acusações sucessivas aos procuradores e ao modo como o estavam a “perseguir”. Rosário Teixeira responderia que o tratava “como outra pessoa qualquer”, Sócrates reagiria dizendo que não, numa frase entendida por Rosário Teixeira como ofensiva. “Desculpe, eu não estou a ofendê-lo, estou a criticá-lo (…). O sr. procurador não pode ser assim uma virgem vestal a quem não se pode dirigir uma crítica”, acusou Sócrates, referindo-se às sacerdotisas virgens que faziam o culto da Deusa romana Vesta.
  • A fechar o interrogatório, houve ainda perguntas sobre viagens a Vezena, em dois finais de ano consecutivos, que Carlos Santos Silva terá pago a Sócrates e a amigos e família quando este era primeiro-ministro. Sócrates confirmou as viagens, mas insistiu na sua relação de longa amizade com o empresário. O inspetor tributário, que estava também presente, perguntou porque algumas faturas foram passadas em nome do ex-PM e depois corrigidas – ficando em nome de Santos Silva. Sócrates alegou não se recordar dos detalhes de uma viagem com vários anos e Rosário Teixeira insistiu: “Se me tivessem oferecido um fim de ano em Veneza, com certeza eu lembrar-me-ia de quem é que ofereceu. Por isso mesmo é que lhe foi feita a pergunta”. E Sócrates, de novo: “Não vá por aí, não vá por aí, pá”.
Proponha uma correção, sugira uma pista:
ddinis@observador.pt

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Sócrates -TVI : em legítima defesa!

EXCLUSIVO TVI: As respostas de Sócrates a seis questões

Na prisão de Évora, o ex-primeiro-ministro fez chegar à TVI a sua resposta a seis questões. Diz que o faz em legítima defesa, contra a sistemática e criminosa violação do segredo de justiça que configura um agressão feita cobardemente e a coberto do anonimato onde reina o governo de ninguém. Sócrates responsabiliza mesmo diretamente os que, tendo o processo à sua guarda, não o guardaram como deviam. Nestas respostas, Sócrates afirma que não foi confrontado nem com provas nem sequer com factos quando foi interrogado pelo juiz Carlos Alexandre e reitera que se trata de um processo de contornos políticos

Por: Redação    |   há 33 minutos
«Dou esta entrevista em legítima defesa. Em legítima defesa contra a sistemática e criminosa violação do segredo de justiça; e contra a divulgação de “informações” manipuladas, falsas e difamatórias. Em legítima defesa contra a transferência do julgamento para uma praça pública onde só pode fazer-se ouvir uma voz e onde só pode circular livremente uma versão deturpada das coisas. Em legítima defesa contra uma agressão feita cobardemente, a coberto do anonimato, como é típico dos aparelhos burocráticos onde reina o “governo de ninguém” – “ninguém” o exerce, “ninguém” presta contas.

Esse poder obscuro é puro arbítrio e despotismo: impunidade absoluta, limitação infundada e desproporcionada de direitos fundamentais, segredo imposto apenas à defesa, proibição de entrevistas, impossibilidade de contraditório, condenação antes de qualquer julgamento, sanção antes de qualquer sentença. Este poder, quero crer, não durará. É precário como todos os poderes assentes no medo e sobreviverá apenas até à plena tomada de consciência do perigo que representa para o processo penal justo, fundamento primeiro do Estado de Direito.
No que me diz respeito, responsabilizo directamente os que, tendo o processo à sua guarda, não o guardaram como deviam. Como está à vista de todos, não estiveram à altura das suas responsabilidades e não fizeram bem o seu trabalho. O que não me deixa outra alternativa senão fazer tudo o que estiver ao meu alcance para defender a minha honra e o meu bom nome.

Faço-o aqui, respondendo às perguntas que me foram entregues através do meu advogado, porque foram as primeiras a chegar. Lamento que o Jornal Expresso, com o qual combinei uma entrevista, tenha decidido publicar as suas perguntas (antes mesmo de eu as conhecer) desacompanhadas das respectivas respostas. Mas que fique claro: não deixarei nenhuma pergunta assim, a pairar no ar acrescentando dúvidas sem obter a devida resposta.

 

Pergunta 1: Foi confrontado com provas, quando foi interrogado pelo juiz Carlos Alexandre?


Essa é a questão essencial. Não, não fui – nem confrontado com factos quanto mais com provas. E isto é válido para todos os crimes que me imputam, que considero gravíssimos para quem exerceu funções públicas.

Tomemos, por exemplo, e por economia de resposta, o crime de corrupção que é, para mim, o mais detestável, o mais ignominioso que pode ser imputado a um ex-governante. Pois bem, apesar da minha insistência, nunca, em nenhum momento, nem a acusação nem o juiz foram capazes de me dizer quando e como é que fui corrompido, onde ou sequer em que país do Mundo essa corrupção aconteceu, nem por quem, a troco de quê, qual a vantagem que obtive ou qual a que concedi, lícita ou ilícita. Nada, rigorosamente nada!

Esta é a verdade. Por estranho que pareça - e deve parecer estranho porque não conheço nenhum caso semelhante - a corrupção em nome da qual me sujeitaram à infâmia desta prisão preventiva é uma pura invenção, uma "hipótese de trabalho" teórica da investigação, um crime presumido, sem qualquer concretização ou referência no tempo ou no espaço e do qual não há, nem podem existir, indícios ou provas. E por uma razão simples: porque não aconteceu. O que afirmo, portanto, é que fui detido e preso (preventivamente) sem me terem sido referidos nem factos, nem provas de que tenha cometido quaisquer crimes, a começar pelo crime de corrupção que estaria na origem de tudo. A partir daí, este processo é todo ele uma caixinha de presunções, em que as presunções assentam umas nas outras numa construção elaborada mas absolutamente delirante. Começando por presumir, sem qualquer sustentação digna desse nome, que o dinheiro do Engº Carlos Santos Silva é afinal meu, deu-lhes para presumir, embora sem qualquer prova ou indício, que obtive esse dinheiro através de corrupção, sabe-se lá quando nem onde. E é com base nesta teoria, toda ela inventada, que presumem também os outros crimes porque, a partir daí, todas as movimentações financeiras daquele dinheiro são entendidas como operações minhas que configuram branqueamento de capitais e fraude fiscal. É uma imaginativa cascata de presunções. Mas não passa disso.

Como já escrevi, a prisão preventiva foi aqui utilizada para investigar mas também para aterrorizar, para despersonalizar - e para calar. Hoje, quero dizer mais: neste caso, prendeu-se também para, em certo sentido, "provar". Porque quem quis esta prisão infundada sabe bem que a prisão funciona como prova aos olhos da opinião pública – "se está preso alguma coisa deve ter feito", é o que as pessoas tenderão a pensar. E muitas, na sua boa-fé, estarão convencidas de que para haver prisão preventiva é porque hão-de existir, na parte ainda secreta do processo - por azar, logo aquela única parte a que os jornais não conseguiram ter acesso... - "provas muito sólidas" ou pelo menos "indícios muito fortes" da prática dos tais crimes graves. Mas a verdade é que não há. E todos sabemos que se isso existisse já teria sido publicado nos jornais do costume! Só que, entretanto, aos olhos da opinião pública, a prisão substitui-se ao processo, à investigação, à instrução, aos indícios, às provas, ao contraditório, ao julgamento - e até à sentença. Afinal, se ele está preso, que mais é que ainda é preciso provar? A resposta, porém, por estranho que pareça, é esta: tudo. Falta provar rigorosamente tudo.

Isto, obviamente, é gravíssimo. Mas não é, ao contrário do que alguns têm dito, um problema da lei, que até evoluiu no sentido de contrariar o abuso da prisão preventiva. Não tenho a mínima dúvida de que esta prisão preventiva é ilegal e por isso confio no sucesso do recurso que a minha defesa apresentou. Grave é que se tenham degradado tanto os valores do nosso Estado de Direito a ponto de se ter instalado uma cultura de tolerância para com tudo isto: prisões sem provas ou sequer fortes indícios de crimes que ao menos se perceba quais são! Lamento dizê-lo, mas daqui à suspeita de perseguição política não é um passo de gigante, é um pequeno passo.
 

Pergunta 2: Como encara o que está a acontecer? E, caso tenha acesso, como encara o que tem sido publicado?


Ao que já foi dito, junto apenas a observação seguinte: à prisão física sempre quiseram somar, em certo sentido, a prisão na opinião pública. De um lado, podem ser divulgadas todas as mentiras e todas as falsidades; do outro, são proibidas as entrevistas e coartado o direito de defesa da honra. Não me submeto a tal imposição, que é contrária aos direitos fundamentais.  Mas sei que quando decidiram proibir-me de falar, o que pretendiam conseguir era que tudo estivesse do lado deles – o procurador, o juiz, os jornais. E podem, de facto, ter muito do lado deles. Menos a verdade. Essa, não está do lado deles. E é pelo triunfo da verdade que lutarei.
 

Pergunta 3: Como classifica a prisão do seu amigo Carlos Santos Silva e do seu motorista João Perna?


Ambas são, cada uma à sua maneira, injustas e injustificadas. No fundo, essas prisões foram ordenadas, como a minha, sem factos que as possam fundamentar. E isso é terrível! No caso de João Perna, tratou-se, patentemente, de utilizar a prisão para aterrorizar uma pessoa que julgavam vulnerável de modo a tentar obter sabe-se lá que informação. Um abuso. No caso do engenheiro Carlos Santos Silva, dói-me profundamente a sua situação, que permanece. Somos amigos há 40 anos, a nossa amizade é anterior ao início da nossa atividade profissional. É uma relação especialmente fraterna. E não posso esquecer que este meu amigo está a sofrer na prisão essencialmente por ser meu amigo e por me ter ajudado quando precisei.
 

Pergunta 4: Que comentário lhe merece as suspeitas que têm surgido a propósito do apartamento de Paris e do seu estilo de vida, da venda das casas da sua mãe, dos negócios com Rui Pedro Soares, das entregas de dinheiro que Carlos Santos Silva lhe fez, e das idas a Paris do seu motorista alegadamente com malas de dinheiro?


Respondo, um a um, aos vários pontos referidos, porque é preciso que nada fique por esclarecer. Mas não quero deixar de chamar a atenção para o mais importante: os “factos circunstanciais” que me imputam não têm rigorosamente nenhuma conexão com crimes. Nenhuma. Por vezes chega a ser difícil separar a investigação e as notícias que têm vindo a ser publicadas da pura bisbilhotice (ou devassa). Mas vamos por partes.
 

A) As "entregas de dinheiro" do Eng. Carlos Santos Silva


Confirmo, sem qualquer problema, que face a algumas dificuldades de liquidez que atravessei em certos momentos, sobretudo desde que tive parte da minha família em Paris e eu próprio vivi entre Lisboa e aquela cidade, recorri várias vezes a empréstimos que o meu amigo Carlos Santos Silva me concedeu para pagar despesas diversas. Mas, sinceramente, não me parece que pedir dinheiro emprestado a um amigo seja crime, nem aqui nem em nenhuma parte do Mundo! Sempre foi, como continua a ser, minha intenção pagar-lhe o que for devido, apesar da informalidade da nossa relação e da grande amizade pessoal que nos une desde há muitos anos. É um assunto que resolverei com ele e que só a nós diz respeito.

Para o caso, o que importa deixar claro é que o facto de o Engº Carlos Santos Silva me ter emprestado dinheiro, muito ou pouco, não transforma o dinheiro dele em dinheiro meu! Isso, convenhamos, é um completo disparate! Acontece que o Engº Carlos Santos Silva detém, como é sabido, meios próprios de fortuna pessoal fruto da sua diversificada atividade empresarial em vários países do Mundo. E, sendo meu amigo, esteve disponível para me ajudar quando eu precisei. Estou-lhe grato por isso. Mas não deixarei de lhe pagar! A afirmação de que o dinheiro dele é meu é simplesmente absurda e não tem qualquer fundamento.
 

B) O motorista, Paris e as "malas de dinheiro"


Aqui entramos na dimensão galáctica da investigação. A verdade, como já foi explicado pelo meu advogado, é esta: nunca o meu motorista foi a Paris; nunca me levou nenhuma mala de dinheiro; enunca o meu carro foi além de Espanha (onde fui passar curtos períodos de férias e pouco mais). Mas o que acho curioso é que certos jornais e certos jornalistas se tenham disponibilizado para escrever que haveria no processo fotografias fatais do motorista a transportar as tais "malas de dinheiro" para Paris. Porque é exatamente aqui que toda esta história passa do cinzento filme policial para o mundo fantástico da ficção científica: o momento memorável em que surgem em cena essas máquinas fotográficas tão espantosas e tão avançadas que tiram fotografias onde até se consegue ver o que vai dentro das malas...!

O facto de a acusação ter posto a correr nos jornais esta pura invenção diz muito sobre os métodos de uns e de outros. E mostra bem até onde estão dispostos a ir para me atingir. Não tenho, hoje, a menor dúvida: para alguns, vale tudo.
 

C) O "apartamento de luxo" em Paris


Factos. Em 2011, depois de sair do Governo, aluguei um apartamento em Paris, onde vivi um ano. Só mais tarde, a partir de meados de 2012, e por cerca de 10 meses, habitei num outro apartamento, o tão falado "apartamento de luxo" de que é proprietário o meu amigo Engº Carlos Santos Silva. Residi aí apenas enquanto não começaram as obras de restauro que ele tinha planeado para recolocar esse apartamento no mercado (como de facto fez, a partir de finais de 2013). Assim, quando as obras começaram (Verão de 2013), saí desse apartamento, tendo a minha família passado a viver num aparthotel, durante cerca de 4 meses (Setembro a Dezembro de 2013). Depois, desde Janeiro de 2014, aluguei um novo apartamento, onde vivi, e viveu também a minha família, ao longo do último ano. No momento em que escrevo, ainda estou a pagar essa renda (sendo que o contrato termina em 31 de Dezembro de 2014).

A tese que me imputa ser eu o dono do famoso "apartamento de luxo" de Paris, para além de não ter a mais pequena sustentação - que não tem - é também completamente absurda! Como será óbvio para quem esteja de boa-fé, se eu quisesse realmente comprar uma casa para ficar durante o período do meu curso em Paris (cerca de dois anos) não iria escolher, já quase no final do primeiro ano, um apartamento a precisar de obras, para depois ter de enfiar a minha família durante meses num aparthotel! E menos sentido faz que eu, sendo alegadamente proprietário (por interposta pessoa) desse tal "apartamento de luxo", tenha precisado de alugar um novo apartamento a partir de Janeiro de 2014, quando já estavam concluídas as obras no fantástico apartamento que dizem ser "meu"!! Por aqui se vê que toda a tese da investigação sobre as casas de Paris, além de falsa, é um verdadeiro monumento ao absurdo. Vejamos: através do meu amigo, eu teria comprado um apartamento de luxo para morar durante o meu curso em Paris; por razões que a razão desconhece, em vez de escolher um apartamento pronto a habitar, fui logo escolher um apartamento que precisava de obras; e quando terminaram as obras, em vez de ir morar para lá, "à grande e à francesa", acabei afinal por ir morar para outro lado, um apartamento mais pequeno que aluguei e tive de pagar! Creio que todos já terão compreendido o óbvio: nada disto faz sequer sentido.

Em contrapartida, a verdade, talvez por não ser inventada, tem também a vantagem de ser muito mais compreensível do que a absurda teoria da investigação: durante a minha permanência em Paris, entre outras soluções em apartamentos que aluguei e em aparthoteis em que fiquei, houve um período de apenas 10 meses em que, a convite do meu amigo Engº Carlos Santos Silva, residi num apartamento que ele ali comprou como investimento imobiliário, com a intenção de o valorizar (fazendo obras) e depois revender com lucro - como está, de facto, a tentar fazer.  Enquanto as obras não começaram, aproveitei o convite e fiquei lá; assim que as obras começaram, tive de sair e procurar por mim outras soluções. Há suspeitas que só existem quando se quer muito acreditar nelas!
 

D) A venda da casa da minha mãe


Respondo à questão da venda do apartamento da Rua Braamcamp, já que a venda dos outros dois (no Cacém) foi conduzida pelo meu falecido irmão e não tenho ainda comigo todos os elementos (só poderia citar os pormenores de memória, por ouvir dizer, e não quero correr o risco de errar). Mas da venda da casa da minha mãe em Lisboa ocupei-me eu e conto rapidamente a história, que é simples. Em 2011, quando fui viver para Paris, a minha mãe ficou a viver sozinha no prédio da Braancamp. Em 2012, comunicou-me que queria ir viver para outro apartamento que tem em Cascais, onde teria pessoas queridas por perto. Uns tempos depois, eu próprio falei com o Eng. Carlos Santos Silva e contei-lhe da vontade da minha mãe, tendo ele manifestado interesse em comprar o apartamento que iria ficar disponível em Lisboa, desde que o preço fosse razoável.
Assim, pediu-se uma avaliação prévia do valor do imóvel, estabeleceu-se o preço, fez-se a escritura e o apartamento mudou de dono - que, julgo eu, o renovou e o alugou em seguida. Do dinheiro da venda, a minha mãe, como é seu direito e é normal entre pais e filhos, fez-me doação dos 75% que podia dar-me em vida (sendo eu filho único, depois do falecimento dos meus dois irmãos). E faço notar o seguinte, que me parece importante: esta venda não aumentou em nada o meu património ou o da minha família. O que se fez foi trocar o imóvel que a minha mãe já tinha pela liquidez correspondente ao seu verdadeiro valor. O património que já estava na família permaneceu na família, agora convertido em liquidez. Uma venda, aliás, é isso mesmo. E foi o que foi feito.

Acho espantoso que alguém pretenda ver nisto uma "venda simulada", como agora dizem. Tanto quanto imagino, as vendas verdadeiramente simuladas não se fazem pelo preço de mercado, não obrigam ao abandono do imóvel pelo vendedor e não acabam no aluguer a terceiros pelo novo proprietário! Esta é apenas outra história mal contada por quem conduz esta investigação contra mim.
 

E) Negócios do futebol com Rui Pedro Soares


Bom, este ponto, se não fosse trágico, era de rir à gargalhada. A resposta é simples: não tenho nada que ver com os negócios entre o Eng. Carlos Santos Silva e o Dr. Rui Pedro Soares. Ponto. Não tive deles conhecimento, nem tinha que ter; não conheço as empresas de que falam, nem sei quem são os seus gerentes ou administradores. Em suma, nada sei e nada tenho que ver com tais negócios. Mas o que mais me impressiona nesta história é o fantástico silogismo da investigação, de extraordinário alcance: Carlos e Rui fazem negócios; Carlos e Rui são amigos de José; logo, José está envolvido nos negócios. Notável, não vos parece?
 

Pergunta 5: É verdade que sabia que estava a ser investigado? Desde quando?


Não, não sabia, não fazia a mínima ideia (até às buscas em casa do meu filho). Tento não ligar muito aos rumores e dou algum desconto às notícias de certos jornais. De qualquer modo, depois do episódio da revista Sábado, com o desmentido da Procuradoria Geral da República, nunca mais liguei a isso.
 

Pergunta 6: A menos de um ano de eleições, considera que este processo pode ter fins políticos?


Desconheço as motivações deste estranho processo sem indícios nem provas, onde todos os crimes são vagamente presumidos e só a prisão é concreta. Mas já disse e mantenho: este processo, pela sua natureza, tem contornos políticos. E digo mais: este processo é, na sua essência, político. No sentido em que tem que ver com o poder, os seus limites e o seu exercício; o poder de deter para interrogar e o poder de prender preventivamente pessoas inocentes. Já para não falar nas consequências que este processo inevitavelmente terá na disputa política. Veremos quais. Como já disse, isto ainda agora começou. 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O governo de Sócrates foi sempre atacado blokeado e perseguido até ao fim pela resma de imbecis e de oportunistas que agora andam para aí a fazer de conta que não o são , fazendo de conta que vociferam contra o tal governo extrema direita que todos eles ajudaram a meter no poleiro.O resto são hipócritas e conversas da treta.


Entretanto, as consequências (pesadas) do legado Sócrates relatadas pela OCDE
365forte.blogs.sapo.pt
Aqui aponta-se a um Estado do México - i.e. Puebla - o (bom) exemplo das "Novas Oportunidades":Nesse mesmo estudo, há ainda espaço para elogiar a Parque Escolar: E, como se não bastasse, uma referência positiva à