O secretário-geral do PS, José Sócrates, afirmou hoje que a direita esperava que as eleições presidenciais fossem uma "alavanca" para a abertura de uma crise política, mas enganou-se, porque não se criaram condições para isso.
No encerramento de uma Convenção da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, José Sócrates acusou os partidos da oposição de terem deixado os socialistas sozinhos no Governo por "oportunismo" e de agora "fazerem tudo o que está ao seu alcance para, à mínima oportunidade, provocarem uma crise política, provocarem eleições, pretendendo com isso atingir algum objetivo eleitoral que há muito tempo perseguem".
"Isso foi visível, aliás, nas eleições presidenciais. A direita estava apenas à espera, sentia-se que muitos deles achavam que as eleições presidenciais iam ser uma alavanca para potenciar uma mudança política e a abertura de uma crise política", acrescentou José Sócrates.
Segundo o secretário-geral do PS e primeiro-ministro, "enganaram-se".
"A verdade é que ao longo destas semanas se percebeu com clareza que a direita em Portugal não teve condições para, com base nesse resultado eleitoral, provocar uma crise política", considerou.