A candidatura de José Sócrates à liderança do PS desafia Manuel Maria Carrilho e os socialistas críticos do executivo a retirarem consequências dos ataques que têm feito à governação e a candidatarem-se nas próximas eleições directas do partido. "Seria natural que os sectores críticos aparecessem agora. Este é o momento", afirma ao i o director de campanha de recandidatura de Sócrates à liderança do PS, Capoulas Santos, acrescentando que Carrilho "pode ser um bom exemplo" dos que deviam assumir-se nas eleições directas, que vão realizar-se nos dias 25 e 26 de Março.
José Sócrates vai nas próximas semanas definir os contornos da campanha interna à liderança do partido, que será essencialmente virada para as questões da governação. "Vai ser uma campanha que vai ter como adversários não hipotéticas candidaturas dentro do partido mas questões como o desemprego e a crise económica", sustenta Capoulas Santos, frisando que o objectivo é "recentrar o PS e o governo neste novo ciclo".
Para isso, Sócrates tenciona fazer "um circuito pelo país e pelas estruturas do partido tão amplo como a sua agenda o permita".
A nível interno, o ex-ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho, tem sido um dos maiores críticos da governação, mas o director de campanha da recandidatura de José Sócrates resume a postura do ex-deputado socialista ao facto de ter sido afastado do cargo de embaixador da UNESCO. "É alguém que não convive bem com o afastamento do lugar", diz Capoulas Santos, acrescentando que "as críticas que têm sido feitas pelo Dr. Carrilho foram muito bem respondidas" pelo presidente do PS.
Almeida Santos disse, à entrada para a reunião da Comissão Nacional do partido, que Manuel Maria Carrilho "é, neste momento, quase um adversário do PS, porque está agastado por ter sido apeado do lugar". O ex-ministro de Guterres foi afastado do cargo de embaixador da UNESCO há menos de seis meses, sendo que a substituição ficou marcada pela polémica entre Carrilho e o governo, com o socialista a dizer que soube da sua saída pela agência Lusa e o Ministério dos Negócios Estrangeiros a garantir que o ex-deputado foi avisado uns meses antes.
Confrontado com as afirmações feitas pelo presidente do partido, Manuel Maria Carrilho é parco em comentários. "Tenho pena por ele. Não tenho nada a dizer", afirma ao i o ex-ministro do PS. Questionado sobre se vai ao congresso do partido, Carrilho diz que "a seu tempo se verá", não excluindo marcar presença na reunião magna dos socialistas.
Não seria a primeira vez que o ex-ministro do PS iria a um congresso desafiar um clima de quase unanimidade. Nos tempos de António Guterres, Carrilho foi apupado pelos socialistas, depois de ter feito um discurso com vários reparos ao governo socialista.
Carrilho, que actualmente tem um espaço na TVI, tem feito duras críticas ao governo e principalmente a José Sócrates. No seu último comentário, o ex-deputado socialista acusou o primeiro-ministro de ter feito "erros enormes", alertando que "há um ponto que os socialistas não podem esquecer", que é o facto de Sócrates ter feito "uma leitura errada da crise", o que nos conduziu a esta situação. "Isto devia ser visto, devia ser pensado", disse. Apesar de alguns socialistas começarem a afastar-se da governação não se espera que apareça, para além do actual líder, nenhum candidato de peso à liderança do partido. Quem quer candidatar-se está à espera que Sócrates saia do caminho.
José Sócrates vai nas próximas semanas definir os contornos da campanha interna à liderança do partido, que será essencialmente virada para as questões da governação. "Vai ser uma campanha que vai ter como adversários não hipotéticas candidaturas dentro do partido mas questões como o desemprego e a crise económica", sustenta Capoulas Santos, frisando que o objectivo é "recentrar o PS e o governo neste novo ciclo".
Para isso, Sócrates tenciona fazer "um circuito pelo país e pelas estruturas do partido tão amplo como a sua agenda o permita".
A nível interno, o ex-ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho, tem sido um dos maiores críticos da governação, mas o director de campanha da recandidatura de José Sócrates resume a postura do ex-deputado socialista ao facto de ter sido afastado do cargo de embaixador da UNESCO. "É alguém que não convive bem com o afastamento do lugar", diz Capoulas Santos, acrescentando que "as críticas que têm sido feitas pelo Dr. Carrilho foram muito bem respondidas" pelo presidente do PS.
Almeida Santos disse, à entrada para a reunião da Comissão Nacional do partido, que Manuel Maria Carrilho "é, neste momento, quase um adversário do PS, porque está agastado por ter sido apeado do lugar". O ex-ministro de Guterres foi afastado do cargo de embaixador da UNESCO há menos de seis meses, sendo que a substituição ficou marcada pela polémica entre Carrilho e o governo, com o socialista a dizer que soube da sua saída pela agência Lusa e o Ministério dos Negócios Estrangeiros a garantir que o ex-deputado foi avisado uns meses antes.
Confrontado com as afirmações feitas pelo presidente do partido, Manuel Maria Carrilho é parco em comentários. "Tenho pena por ele. Não tenho nada a dizer", afirma ao i o ex-ministro do PS. Questionado sobre se vai ao congresso do partido, Carrilho diz que "a seu tempo se verá", não excluindo marcar presença na reunião magna dos socialistas.
Não seria a primeira vez que o ex-ministro do PS iria a um congresso desafiar um clima de quase unanimidade. Nos tempos de António Guterres, Carrilho foi apupado pelos socialistas, depois de ter feito um discurso com vários reparos ao governo socialista.
Carrilho, que actualmente tem um espaço na TVI, tem feito duras críticas ao governo e principalmente a José Sócrates. No seu último comentário, o ex-deputado socialista acusou o primeiro-ministro de ter feito "erros enormes", alertando que "há um ponto que os socialistas não podem esquecer", que é o facto de Sócrates ter feito "uma leitura errada da crise", o que nos conduziu a esta situação. "Isto devia ser visto, devia ser pensado", disse. Apesar de alguns socialistas começarem a afastar-se da governação não se espera que apareça, para além do actual líder, nenhum candidato de peso à liderança do partido. Quem quer candidatar-se está à espera que Sócrates saia do caminho.