O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse hoje que o partido ainda não decidiu se apresentará ou não uma moção de censura ao Governo da República e que não está cativo de decisões da direita.«É um instrumento constitucional, não é o alfa e o ómega da solução dos problemas nacionais, ponderaremos na devida altura essa situação mas a direita está muito satisfeita com aquilo que o governo está a fazer», disse Jerónimo de Sousa no Mercado dos Lavradores, no Funchal, no âmbito da campanha 'Portugal a produzir'.
O dirigente comunista realçou, no entanto: «A nossa visão desse instrumento constitucional pode ser admitido, não quer dizer que o seja, num quadro de mudança com a política».
«Essa ruptura e mudança não se faz por um mero acto institucional, faz-se com combate político, faz-se com propostas alternativas, como aquelas que estamos a fazer, hoje, aqui, na Madeira, mas não seremos cativos da direita em relação a qualquer moção de censura», precisou.
«Essa avaliação é feita pela Direcção do partido mas não está, neste momento, em cima da mesa, aliás vamos fazer uma reunião do Comité Central neste próximo fim-de-semana, não constitui um ponto da ordem do dia, mas é um instrumento que é sempre admissível num quadro de agravamento da situação», disse ainda.
Jerónimo de Sousa lembrou, a propósito, que «em relação a qualquer moção de censura designadamente vindo da direita - que eu duvido - tem que ter conteúdos concretos (.). Como é que o PSD se pode demarcar com uma política com a qual está de acordo, designadamente como se verificou na aprovação ou na viabilização do Orçamento do Estado, com as políticas europeias que estão a afundar o País, com os perigos que decorrem da alteração da lei laboral?», questionou.
«Há uma identificação clara do PSD com estas políticas que quer fundamentalmente que o PS vá assumindo o odioso dessas medidas para capitalizar no futuro», acrescentou.
Questionado se a moção de censura não seria um favor ao PSD tal como veiculou dirigente socialista Francisco Assis, o dirigente comunista respondeu: «A direita não precisa de qualquer muleta, já tem os braços, as mãos e o corpo todo de um PS que tem vindo a fazer aquilo que o PSD faria se estivesse no governo».
Jerónimo de Sousa sustentou ainda que a ruptura será concretizada«quando o povo quiser» e lançou o repto: «Até quando é que os portugueses vão assistir passivamente a este afundamento e quando é que assumem - e nós lutaremos por isso - a necessidade de uma ruptura e de uma mudança, um rumo diferente para o Pais?».
Jerónimo de Sousa manterá hoje vários contactos com alguns sectores produtivos da região nomeadamente os ligados à lavoura, à banana e ao vinho.
Lusa /SOL
O dirigente comunista realçou, no entanto: «A nossa visão desse instrumento constitucional pode ser admitido, não quer dizer que o seja, num quadro de mudança com a política».
«Essa ruptura e mudança não se faz por um mero acto institucional, faz-se com combate político, faz-se com propostas alternativas, como aquelas que estamos a fazer, hoje, aqui, na Madeira, mas não seremos cativos da direita em relação a qualquer moção de censura», precisou.
«Essa avaliação é feita pela Direcção do partido mas não está, neste momento, em cima da mesa, aliás vamos fazer uma reunião do Comité Central neste próximo fim-de-semana, não constitui um ponto da ordem do dia, mas é um instrumento que é sempre admissível num quadro de agravamento da situação», disse ainda.
Jerónimo de Sousa lembrou, a propósito, que «em relação a qualquer moção de censura designadamente vindo da direita - que eu duvido - tem que ter conteúdos concretos (.). Como é que o PSD se pode demarcar com uma política com a qual está de acordo, designadamente como se verificou na aprovação ou na viabilização do Orçamento do Estado, com as políticas europeias que estão a afundar o País, com os perigos que decorrem da alteração da lei laboral?», questionou.
«Há uma identificação clara do PSD com estas políticas que quer fundamentalmente que o PS vá assumindo o odioso dessas medidas para capitalizar no futuro», acrescentou.
Questionado se a moção de censura não seria um favor ao PSD tal como veiculou dirigente socialista Francisco Assis, o dirigente comunista respondeu: «A direita não precisa de qualquer muleta, já tem os braços, as mãos e o corpo todo de um PS que tem vindo a fazer aquilo que o PSD faria se estivesse no governo».
Jerónimo de Sousa sustentou ainda que a ruptura será concretizada«quando o povo quiser» e lançou o repto: «Até quando é que os portugueses vão assistir passivamente a este afundamento e quando é que assumem - e nós lutaremos por isso - a necessidade de uma ruptura e de uma mudança, um rumo diferente para o Pais?».
Jerónimo de Sousa manterá hoje vários contactos com alguns sectores produtivos da região nomeadamente os ligados à lavoura, à banana e ao vinho.
Lusa /SOL