Buraco colossal
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O SILÊNCIO À VOLTA DA MEMÓRIA


Em “relação às contas na Suíça, julgo que o assunto está mais do que esclarecido.
Há para lá umas contas na Suíça, há para lá umas pessoas que têm contas na Suíça.
O engenheiro José Sócrates – o que se demonstra com as contas na Suíça – é que não tem nada a ver com as contas na Suíça”
João Araújo 29/05/2015


Á ESQUINA DO MONTE CARLO


HERBERTO, A AVENTURA nos eternos

- Este blog voltou ao activo hoje dia 10 de Junho de 2015. -

E ponde na cobiça um freio duro,
E na ambição também, que indignamente
Tomais mil vezes, e no torpe e escuro
Vício da tirania infame e urgente;
Porque essas honras vãs, esse ouro puro,
Verdadeiro valor não dão à gente.
Melhor é merecê-los sem os ter,
Que possuí-los sem os merecer.

Camões / Lusiadas


Isto não há nada como acenar com medalhinhas para ter sempre clientela.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sócrates diz que nada tem a temer com divulgação das escutas

O primeiro-ministro rejeitou, esta quinta-feira, que o Governo tenha um plano para controlar a comunicação social, considerando essa ideia «delirante».

Numa declaração aos jornalistas em São Bento, José Sócrates começou por dizer que se «assiste a uma tentativa de substituição do debate político» por outros assuntos.

O Chefe do Governo garantiu que o Executivo nunca deu qualquer orientação à PT para comprar a TVI ou qualquer outra empresa de comunicação social.

José Sócrates rejeitou que o Governo tenha traçado um plano para controlar a comunicação social em Portugal, considerando essa ideia «rotundamente falsa», infundada e «delirante».

«Todos os portugueses são testemunhas de que temos uma comunicação social livre», reforçou.

O primeiro-ministro condenou ainda as violações do segredo de Justiça e a «divulgação criminosa das escutas telefónicas», referindo-se às escutas sobre o processo "Face Oculta".

«Não tenho absolutamente nada a temer. Mas faço-o porque esses crimes atentam contra as pessoas, contra o direito à privacidade e contra o funcionamento da justiça», afirmou o líder do Executivo.

Sócrates disse ainda que os «insultos, rumores e mentiras» não vão afastá-lo de cumprir o programa do Governo, para o qual foi eleito.

«Estes são os métodos de quem dá mostras de não saber aceitar a escolha e o resultado das eleições legislativas, de não saber conviver com o julgamento democrático dos portugueses. Esses são os que parecem ter-se desinteressado do país, para apenas se concentrarem no insulto como arma de ataque pessoas», acrescentou.

«Não será agora, como não foi no passado, que uma qualquer sucessão de insultos, de rumores e de mentiras me fará desviar da responsabilidade que o povo me confiou. Como primeiro ministro conduzirei o Governo, como é meu dever, no combate à crise económica, pela modernização do país, cumprindo o programa que venceu as eleições», disse.

Segundo Sócrates, com essa atitude, estará «a contribuir para a elevação do debate político, que é tão necessária para o prestígio das instituições e para que a vida política se concentre nos reais problemas das pessoas e nos reais problemas do pais».

A posição de José Sócrates foi assumida numa declaração aos jornalistas na residência oficial em São Bento, antes de participar numa reunião com o grupo parlamentar do PS.