Sócrates: Há gente a confundir desejo com realidade sobre entrada do FMI em Portugal
22 Novembro 2010 | 14:54
Lusa
O primeiro-ministro criticou hoje as correntes nacionais que insistem nas teses sobre a inevitabilidade da entrada do FMI em Portugal.
O primeiro-ministro criticou hoje as correntes nacionais que insistem nas teses sobre a inevitabilidade da entrada do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal, contrapondo que estes sectores estão a confundir os seus desejos com a realidade.
"Vejo que há muitos que acham que, falando muito no FMI, podem contribuir para que o país recorra a alguma espécie de ajuda. Mas, no fundo, confundem os seus desejos com a realidade, porque o país não precisa de nenhuma ajuda", declarou José Sócrates aos jornalistas, no Parque das Nações, quando se pronunciava sobre a decisão da Irlanda recorrer à ajuda externa.
O primeiro-ministro traçou uma linha de demarcação entre a Irlanda e Portugal, mas criticou as correntes de opinião portuguesas que prevêem a entrada a prazo do FMI em Portugal.
Segundo Sócrates, isso não acontecerá, até porque "Portugal estava a ser arrastado por um efeito de contágio com a situação de desconfiança relativamente à Irlanda".
"Espero que a decisão do Governo irlandês ponha cobro a essa incerteza e que se restaure a confiança nos mercados. E repito: não há nenhuma razão de desconfiança relativamente a Portugal", sustentou.
Sobre os dados relativos ao crescimento económico português, que algumas correntes consideram tímido e propensos à intervenção do FMI em Portugal, o primeiro-ministro apresentou outra visão.
"Todas as razões objectivas são aliás em sentido contrário, até porque Portugal, em 2009, foi uma das economias que melhor resistiu à crise (teve um crescimento de menos 2,5%, contra menos quatro da média do resto da Europa). De Janeiro a Setembro, Portugal teve um crescimento que ninguém previa, sendo de 1,8% em termos de crescimento já executado, quando a previsão do Governo era de 0,7%", apontou o líder do executivo.
Para Sócrates, os dados nacionais sobre crescimento e as previsões orçamentais, devem levar "a uma tranquilidade dos mercados quanto à capacidade do Governo português para responder aos problemas com que está confrontado".
"Vejo que há muitos que acham que, falando muito no FMI, podem contribuir para que o país recorra a alguma espécie de ajuda. Mas, no fundo, confundem os seus desejos com a realidade, porque o país não precisa de nenhuma ajuda", declarou José Sócrates aos jornalistas, no Parque das Nações, quando se pronunciava sobre a decisão da Irlanda recorrer à ajuda externa.
O primeiro-ministro traçou uma linha de demarcação entre a Irlanda e Portugal, mas criticou as correntes de opinião portuguesas que prevêem a entrada a prazo do FMI em Portugal.
Segundo Sócrates, isso não acontecerá, até porque "Portugal estava a ser arrastado por um efeito de contágio com a situação de desconfiança relativamente à Irlanda".
"Espero que a decisão do Governo irlandês ponha cobro a essa incerteza e que se restaure a confiança nos mercados. E repito: não há nenhuma razão de desconfiança relativamente a Portugal", sustentou.
Sobre os dados relativos ao crescimento económico português, que algumas correntes consideram tímido e propensos à intervenção do FMI em Portugal, o primeiro-ministro apresentou outra visão.
"Todas as razões objectivas são aliás em sentido contrário, até porque Portugal, em 2009, foi uma das economias que melhor resistiu à crise (teve um crescimento de menos 2,5%, contra menos quatro da média do resto da Europa). De Janeiro a Setembro, Portugal teve um crescimento que ninguém previa, sendo de 1,8% em termos de crescimento já executado, quando a previsão do Governo era de 0,7%", apontou o líder do executivo.
Para Sócrates, os dados nacionais sobre crescimento e as previsões orçamentais, devem levar "a uma tranquilidade dos mercados quanto à capacidade do Governo português para responder aos problemas com que está confrontado".