Buraco colossal
MY WEBRINGS PAGE
O SILÊNCIO À VOLTA DA MEMÓRIA


Em “relação às contas na Suíça, julgo que o assunto está mais do que esclarecido.
Há para lá umas contas na Suíça, há para lá umas pessoas que têm contas na Suíça.
O engenheiro José Sócrates – o que se demonstra com as contas na Suíça – é que não tem nada a ver com as contas na Suíça”
João Araújo 29/05/2015


Á ESQUINA DO MONTE CARLO


HERBERTO, A AVENTURA nos eternos

- Este blog voltou ao activo hoje dia 10 de Junho de 2015. -

E ponde na cobiça um freio duro,
E na ambição também, que indignamente
Tomais mil vezes, e no torpe e escuro
Vício da tirania infame e urgente;
Porque essas honras vãs, esse ouro puro,
Verdadeiro valor não dão à gente.
Melhor é merecê-los sem os ter,
Que possuí-los sem os merecer.

Camões / Lusiadas


Isto não há nada como acenar com medalhinhas para ter sempre clientela.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Crise faz dinheiro dos 'offshores' regressar a Portugal

APLICAÇÕES

Crise faz dinheiro dos 'offshores' regressar a Portugal

por PAULA CORDEIRO

Até Setembro, o regresso de capitais já ultrapassava as saídas registadas em 2009.

Nos primeiros nove meses deste ano regressaram a Portugal 1,8 mil milhões de euros de capitais aplicados por portugueses em offshores, de acordo com os dados divulgados esta semana pelo Banco de Portugal. Este valor resulta de uma constante repatriação de activos, detidos por entidades portuguesas - bancos, empresas e particulares, que investem através da banca - e sediados nestas praças financeiras ao longo de todo o ano.

Um movimento em sentido contrário ao que se tinha verificado no ano passado, quando os portugueses aplicaram 1,3 mil milhões de euros nos diversos paraísos fiscais.

Ao longo deste ano, apenas se verificou um movimento de saldo negativo (positivo para a contabilidade dos offshores, por se traduzir num aumento líquido das aplicações aí efectuadas) de 40 milhões de euros, em Abril.

Em todos os outros meses, o regresso de capitais aplicados nestas praças foi uma constante. Junho bateu os recordes do ano, com a exportação de 474 milhões de euros de títulos num só mês. Em Agosto e Setembro, o regresso de capitais de portugueses a partir dos offshores totalizou quase 500 milhões de euros.

Este "repatriamento" de aplicações, contrário ao que tinha acontecido no ano passado, poderá explicar-se com a grave crise de liquidez que o mercado financeiro português atravessa, levando muitos particulares e muitas empresas, entre elas instituições financeiras, a levantarem boa parte dos investimentos em carteira feitos em paraísos fiscais.

Mas não são só as aplicações de portugueses naquelas praças financeiras que estão a regressar. Também as aplicações dos offshores nos bancos portugueses aumentaram.

Assim, até Setembro, foram aplicados em Portugal 81,9 milhões de euros provenientes de paraísos fiscais, resultando do saldo de 131 milhões de euros aplicados e de cerca de 50 milhões levantados das instituições nacionais.

No ano passado, estas praças tinham levantado 455 milhões de euros aplicados em Portugal.