Vara não é o dono da offshore do novo inquérito Face Oculta
Publicado em 17 de Novembro de 2010 | Actualizado há 6 horas
Empresa que está no centro da nova investigação é do empresário Moniz da Maia
A Staywell, sociedade imobiliária que está no centro da mais recente investigação do Ministério Público (MP) a Armando Vara, pertence na realidade ao empresário Bernardo Moniz da Maia. O próprio advogado de Moniz da Maia, Paulo Olavo Cunha, confirmou ao i que a empresa imobiliária pertence ao seu cliente, que é, aliás, presidente do respectivo conselho de administração.
O novo inquérito a Armando Vara, supostamente para investigação de crimes de branqueamento e fraude fiscal, procura apurar por que razão o ex-vice--presidente do BCP passou dois cheques a Conceição Leal, administradora do Banif, e aquela gestora acabou por pagar a mesma importância a uma empresa portuguesa cujas acções pertenceriam a uma sociedade offshore, também propriedade de Moniz da Maia, a única accionista da Staywell.
O i teve acesso a uma nota do advogado de Conceição Leal que a gestora entregou aos seus colegas na administração do Banif para que ficasse esclarecida a sua posição relativamente ao processo Face Oculta e à certidão a que o assunto deu lugar.
Advogado explica Paulo Sá e Cunha, que acompanhou Conceição Leal na sua deslocação à Polícia Judiciária quando a administradora do Banif foi ouvida como testemunha, ainda no âmbito do caso Face Oculta, explica toda a história na sua nota. Apesar das aparências, a história contada pelo advogado é relativamente simples.
Conceição Leal queria pôr à venda a sua casa no Alto do Lagoal, em Caxias. Armando Vara quando o soube disse logo que queria comprar-lha e por isso lhe entregou, em Maio de 2008, um cheque de 50 mil euros, como "pré-reserva".
Em Setembro do mesmo ano os dois fizeram um contrato promessa de compra e venda com permuta. Vara precisava de vender a sua antiga casa, no Estoril, que valia praticamente metade da moradia que queria comprar à administradora do Banif. Assim, os dois combinaram que Vara pagaria a casa parcialmente em dinheiro, dando em permuta a sua própria casa - que Conceição Leal não queria para si mas seria vendida. Valendo a casa do Alto do Lagoal 900 mil euros e a do Estoril 420 mil, os dois convencionaram que Vara pagaria a diferença: 480 mil euros.
Simultaneamente, Conceição Leal procurou uma nova casa, encontrando a de Bernardo Moniz da Maia, também em Caxias - casa que este tinha registada em nome da Staywell, uma sociedade imobiliária.
Vinculada pelo contrato promessa que assinara a fazer a escritura pública de compra e venda e a entregar a sua casa a Armando Vara em Março de 2009, a gestora fez um contrato promessa em que se comprometia a fazer a escritura de compra da sua futura casa na mesma altura, em Março de 2009.
Entretanto, porém, Armando Vara arranjara um comprador para a sua casa do Estoril, pelo que fizeram um aditamento ao contrato promessa, que passou a excluir a permuta.
Armando Vara pediu para prorrogar o contrato até Março de 2012 e, tendo recebido o dinheiro da venda da casa do Estoril, entregou a Conceição um reforço de sinal. Ao todo, Vara entregou-lhe quatro cheques no montante total de 500 mil euros. Conceição Leal entregou-lhe um cheque de 50 mil euros, correspondentes à devolução da reserva. A gestora fez a escritura de compra antes de vender a sua própria casa, a 16 de Março de 2009. Como tinha concordado adiar o negócio com Vara para 2012, arrendou a nova casa a uma embaixada estrangeira.
Armando Vara confirma o negócio mas prefere não se pronunciar sobre este novo inquérito do MP, lamentando apenas não ter sido ouvido sobre o assunto. "Bastava perguntarem--me e eu teria respondido", disse ontem ao i o antigo ex-vice-presidente do BCP.
O novo inquérito a Armando Vara, supostamente para investigação de crimes de branqueamento e fraude fiscal, procura apurar por que razão o ex-vice--presidente do BCP passou dois cheques a Conceição Leal, administradora do Banif, e aquela gestora acabou por pagar a mesma importância a uma empresa portuguesa cujas acções pertenceriam a uma sociedade offshore, também propriedade de Moniz da Maia, a única accionista da Staywell.
O i teve acesso a uma nota do advogado de Conceição Leal que a gestora entregou aos seus colegas na administração do Banif para que ficasse esclarecida a sua posição relativamente ao processo Face Oculta e à certidão a que o assunto deu lugar.
Advogado explica Paulo Sá e Cunha, que acompanhou Conceição Leal na sua deslocação à Polícia Judiciária quando a administradora do Banif foi ouvida como testemunha, ainda no âmbito do caso Face Oculta, explica toda a história na sua nota. Apesar das aparências, a história contada pelo advogado é relativamente simples.
Conceição Leal queria pôr à venda a sua casa no Alto do Lagoal, em Caxias. Armando Vara quando o soube disse logo que queria comprar-lha e por isso lhe entregou, em Maio de 2008, um cheque de 50 mil euros, como "pré-reserva".
Em Setembro do mesmo ano os dois fizeram um contrato promessa de compra e venda com permuta. Vara precisava de vender a sua antiga casa, no Estoril, que valia praticamente metade da moradia que queria comprar à administradora do Banif. Assim, os dois combinaram que Vara pagaria a casa parcialmente em dinheiro, dando em permuta a sua própria casa - que Conceição Leal não queria para si mas seria vendida. Valendo a casa do Alto do Lagoal 900 mil euros e a do Estoril 420 mil, os dois convencionaram que Vara pagaria a diferença: 480 mil euros.
Simultaneamente, Conceição Leal procurou uma nova casa, encontrando a de Bernardo Moniz da Maia, também em Caxias - casa que este tinha registada em nome da Staywell, uma sociedade imobiliária.
Vinculada pelo contrato promessa que assinara a fazer a escritura pública de compra e venda e a entregar a sua casa a Armando Vara em Março de 2009, a gestora fez um contrato promessa em que se comprometia a fazer a escritura de compra da sua futura casa na mesma altura, em Março de 2009.
Entretanto, porém, Armando Vara arranjara um comprador para a sua casa do Estoril, pelo que fizeram um aditamento ao contrato promessa, que passou a excluir a permuta.
Armando Vara pediu para prorrogar o contrato até Março de 2012 e, tendo recebido o dinheiro da venda da casa do Estoril, entregou a Conceição um reforço de sinal. Ao todo, Vara entregou-lhe quatro cheques no montante total de 500 mil euros. Conceição Leal entregou-lhe um cheque de 50 mil euros, correspondentes à devolução da reserva. A gestora fez a escritura de compra antes de vender a sua própria casa, a 16 de Março de 2009. Como tinha concordado adiar o negócio com Vara para 2012, arrendou a nova casa a uma embaixada estrangeira.
Armando Vara confirma o negócio mas prefere não se pronunciar sobre este novo inquérito do MP, lamentando apenas não ter sido ouvido sobre o assunto. "Bastava perguntarem--me e eu teria respondido", disse ontem ao i o antigo ex-vice-presidente do BCP.