'Passos Coelho quer representar o FMI no Governo'
30 de Novembro, 2010
O candidato presidencial Francisco Lopes, apoiado pelo PCP, afirmou hoje que o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, quer ser «representante do FMI e dos grupos económicos» no poder, em vez de representar o povo português.Sobre a possibilidade admitida pelo líder social-democrata de trabalhar com o FMI, o candidato às eleições presidenciais considerou que essa posição é «clarificadora».
«O que eles assumem é ser os representantes no Governo e no poder do FMI e dos grupos económicos, e não aquilo que deviam ser e não são, os representantes do povo português no Governo», afirmou, num encontro com professores, estudantes e pais em Lisboa.
Francisco Lopes considerou que a invocação da entrada do FMI em Portugal é a «etapa seguinte», depois da «nova escalada na barragem ideológica, em nome da União Europeia, de que são necessárias mais reformas».
Estão em causa «a legislação do trabalho, com a flexibilização dos despedimentos, as reformas na saúde, que significam a liquidação do Serviço Nacional de Saúde e novas reformas na educação».
Francisco Lopes condenou o chumbo, na votação do Orçamento do Estado, de três propostas do PCP que permitiriam receitas de 2,5 mil milhões de euros, nomeadamente para taxar as operações bolsistas em 0,2 por cento, em 20 por cento as transferências para offshores e a criação de uma taxa efectiva de 25 por cento para a banca.
«Não é um problema de não haver dinheiro, mas de o poder político decidir em função de critérios diversos», considerou.
Sobre a educação, o candidato presidencial lembrou que o Presidente da República «deve ter em conta a Constituição da República, que consagra o direito à educação e ao ensino como direito fundamental» e considerou que Cavaco Silva tem desrespeitado a Lei Fundamental, «comprometendo a educação e o ensino, como muitos outros aspectos da vida nacional».
O candidato comunista acrescentou que, na educação, o percurso do actual Presidente e novamente concorrente às eleições, tem um«saldo mais negativo».
«Teve uma vinculação muito clara e um empenhamento particular em todas as malfeitorias que este Governo fez na área da educação e na acção indigna que foi feita contra a escola pública e os professores», defendeu.
Francisco Lopes deu depois um exemplo que considerou«esclarecedor da natureza» de Cavaco Silva, ao afirmar que o actual Presidente impulsionou a criação de uma associação de empresários para a inclusão.
«Aqueles que têm muitos recursos, os grupos económicos, apoiavam áreas diversas, inclusivamente a escola, para valorizar o espírito de empreendedorismo. Há uma coisa que esclarece verdadeiramente a dimensão desta associação e da mensagem que queriam transmitir aos jovens: o presidente e grande amigo de Cavaco Silva era nem mais nem menos que João Rendeiro, presidente do BPP, que hoje está, tal como Oliveira e Costa, com processos na Justiça. Vê-se bem quais são as amizades pessoais e os compromissos políticos de Cavaco Silva», disse.
Lusa / SOL
«O que eles assumem é ser os representantes no Governo e no poder do FMI e dos grupos económicos, e não aquilo que deviam ser e não são, os representantes do povo português no Governo», afirmou, num encontro com professores, estudantes e pais em Lisboa.
Francisco Lopes considerou que a invocação da entrada do FMI em Portugal é a «etapa seguinte», depois da «nova escalada na barragem ideológica, em nome da União Europeia, de que são necessárias mais reformas».
Estão em causa «a legislação do trabalho, com a flexibilização dos despedimentos, as reformas na saúde, que significam a liquidação do Serviço Nacional de Saúde e novas reformas na educação».
Francisco Lopes condenou o chumbo, na votação do Orçamento do Estado, de três propostas do PCP que permitiriam receitas de 2,5 mil milhões de euros, nomeadamente para taxar as operações bolsistas em 0,2 por cento, em 20 por cento as transferências para offshores e a criação de uma taxa efectiva de 25 por cento para a banca.
«Não é um problema de não haver dinheiro, mas de o poder político decidir em função de critérios diversos», considerou.
Sobre a educação, o candidato presidencial lembrou que o Presidente da República «deve ter em conta a Constituição da República, que consagra o direito à educação e ao ensino como direito fundamental» e considerou que Cavaco Silva tem desrespeitado a Lei Fundamental, «comprometendo a educação e o ensino, como muitos outros aspectos da vida nacional».
O candidato comunista acrescentou que, na educação, o percurso do actual Presidente e novamente concorrente às eleições, tem um«saldo mais negativo».
«Teve uma vinculação muito clara e um empenhamento particular em todas as malfeitorias que este Governo fez na área da educação e na acção indigna que foi feita contra a escola pública e os professores», defendeu.
Francisco Lopes deu depois um exemplo que considerou«esclarecedor da natureza» de Cavaco Silva, ao afirmar que o actual Presidente impulsionou a criação de uma associação de empresários para a inclusão.
«Aqueles que têm muitos recursos, os grupos económicos, apoiavam áreas diversas, inclusivamente a escola, para valorizar o espírito de empreendedorismo. Há uma coisa que esclarece verdadeiramente a dimensão desta associação e da mensagem que queriam transmitir aos jovens: o presidente e grande amigo de Cavaco Silva era nem mais nem menos que João Rendeiro, presidente do BPP, que hoje está, tal como Oliveira e Costa, com processos na Justiça. Vê-se bem quais são as amizades pessoais e os compromissos políticos de Cavaco Silva», disse.
Lusa / SOL