O secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Costa Pina, afirmou hoje que uma eventual crise política por pôr em causa o financiamento de Portugal nos mercados, mas disse acreditar no «bom senso» dos líderes políticos.«Os riscos de uma crise política são uma restrição à melhoria do funcionamento dos nossos mercados de financiamento e de dívida», afirmou Costa Pina, à margem da segunda Convenção Nacional de Compras Públicas, a decorrer em Lisboa.
«Sob esse ponto de vista, esta matéria deve ser vista com preocupação», sublinhou, acrescentando que um dos desafios mais importantes que Portugal tem pela frente é «assegurar o financiamento em condições eficientes e sustentáveis, ou não é possível a manutenção de serviços sociais importantes que o Estado presta».
Ainda assim, Costa Pina disse estar convicto do «bom senso e sentido de responsabilidade» dos dirigentes políticos para que Portugal se possa concentrar «no essencial».
Na sexta-feira, a cimeira da zona euro chegou a acordo para aumentar para 440 mil milhões a capacidade efectiva de empréstimo do fundo de resgate europeu aos países em dificuldade, dotar de 500 mil milhões o mecanismo permanente que lhe vai suceder em 2013 e flexibilizar a utilização destes fundos para permitir a compra directa de dívida pública emitida pelos Estados-membros.
Em Portugal, no mesmo dia, o Governo anunciou novas medidas de austeridade que actualizam o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) em 2011, 2012 e 2013 e que incluem o congelamento do Indexante de Apoios Sociais (IAS) e das pensões, bem como uma contribuição especial aplicável a todas as pensões superiores a 1.500 euros.
As medidas foram, no entanto, muito criticadas pelos partidos da oposição, tendo o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, revelado que este pacote não contará com o voto dos sociais-democratas.
Portugal vai realizar quarta-feira mais um leilão de bilhetes do tesouro com uma maturidade a 12 meses, pretendendo financiar-se entre 750 milhões a mil milhões de euros.
Lusa/SOL
«Sob esse ponto de vista, esta matéria deve ser vista com preocupação», sublinhou, acrescentando que um dos desafios mais importantes que Portugal tem pela frente é «assegurar o financiamento em condições eficientes e sustentáveis, ou não é possível a manutenção de serviços sociais importantes que o Estado presta».
Ainda assim, Costa Pina disse estar convicto do «bom senso e sentido de responsabilidade» dos dirigentes políticos para que Portugal se possa concentrar «no essencial».
Na sexta-feira, a cimeira da zona euro chegou a acordo para aumentar para 440 mil milhões a capacidade efectiva de empréstimo do fundo de resgate europeu aos países em dificuldade, dotar de 500 mil milhões o mecanismo permanente que lhe vai suceder em 2013 e flexibilizar a utilização destes fundos para permitir a compra directa de dívida pública emitida pelos Estados-membros.
Em Portugal, no mesmo dia, o Governo anunciou novas medidas de austeridade que actualizam o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) em 2011, 2012 e 2013 e que incluem o congelamento do Indexante de Apoios Sociais (IAS) e das pensões, bem como uma contribuição especial aplicável a todas as pensões superiores a 1.500 euros.
As medidas foram, no entanto, muito criticadas pelos partidos da oposição, tendo o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, revelado que este pacote não contará com o voto dos sociais-democratas.
Portugal vai realizar quarta-feira mais um leilão de bilhetes do tesouro com uma maturidade a 12 meses, pretendendo financiar-se entre 750 milhões a mil milhões de euros.
Lusa/SOL