Buraco colossal
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O SILÊNCIO À VOLTA DA MEMÓRIA


Em “relação às contas na Suíça, julgo que o assunto está mais do que esclarecido.
Há para lá umas contas na Suíça, há para lá umas pessoas que têm contas na Suíça.
O engenheiro José Sócrates – o que se demonstra com as contas na Suíça – é que não tem nada a ver com as contas na Suíça”
João Araújo 29/05/2015


Á ESQUINA DO MONTE CARLO


HERBERTO, A AVENTURA nos eternos

- Este blog voltou ao activo hoje dia 10 de Junho de 2015. -

E ponde na cobiça um freio duro,
E na ambição também, que indignamente
Tomais mil vezes, e no torpe e escuro
Vício da tirania infame e urgente;
Porque essas honras vãs, esse ouro puro,
Verdadeiro valor não dão à gente.
Melhor é merecê-los sem os ter,
Que possuí-los sem os merecer.

Camões / Lusiadas


Isto não há nada como acenar com medalhinhas para ter sempre clientela.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Alegre acusa Cavaco de utilizar pobreza para 'fazer campanha eleitoral'

Alegre acusa Cavaco de utilizar pobreza para 'fazer campanha eleitoral'
12 de Dezembro, 2010
O candidato presidencial Manuel Alegre acusou hoje Cavaco Silva de utilizar a pobreza para «fazer campanha eleitoral», afirmando que não é um problema «para ser tratado no Casino do Estoril» mas sim «resolvendo os problemas estruturais do país».Discursando no lançamento do Movimento Já, o movimento de jovens apoiantes da sua campanha, o candidato apoiado pelo PS e pelo BE centrou o seu discurso no adversário Cavaco Silva, tecendo duras críticas ao actual Presidente da República, que acusou de utilizar o cargo para fazer campanha eleitoral sem entrar nela.
«[A campanha] É uma luta muito difícil, muito desigual, muito desigual, porque há quem não queira que haja campanha e há quem esteja a fazer campanha sem a fazer, aparecendo todos os dias na televisão como Presidente da República. Mas eu estou habituado a combates desiguais, eu sou um resistente e um combatente de sempre e por isso tenho confiança de que com o vosso apoio, das mulheres, dos trabalhadores, dos jovens empresários, daqueles que querem mudar o nosso país e construir o futuro e, sobretudo, com o apoio da juventude, vai ser possível», disse.
Na sua intervenção, Manuel Alegre manifestou-se «chocado» com as palavras do Presidente da República, que na sexta-feira considerou que os portugueses têm de se sentir«envergonhados» por existirem em Portugal pessoas com fome, um «flagelo» que se tem propagado pelos mais desfavorecidos de forma «envergonhada e silenciosa».
«Nós somos um país que tem um problema estrutural, que é o problema da pobreza, apesar da nova geração de políticas sociais deste Governo, a pobreza estrutural é ainda muito forte, temos 18 por cento de portugueses que vivem no limiar da pobreza, e se destruíssem as prestações sociais poderiam passar a ser 40 ou mais, esse é um problema muito grave, mas não é um problema para poder ser aproveitado para campanha eleitoral», afirmou.
O candidato presidencial acrescentou ainda que este «não é um problema para ser tratado no Casino do Estoril», local onde Cavaco Silva esteve e fez aquela declaração.
«Não é um problema que se resolva com restos de restaurantes, essas são imagens que me chocaram, o problema da pobreza resolve-se resolvendo os problemas estruturais do país e esse é um problema que não é suscetível de poder ser aproveitado por um Presidente da República para fazer a sua campanha eleitoral», acusou.
Manuel Alegre disse ainda não estar «a lutar por um segundo lugar» mas «pela segunda volta» para aí ganhar a eleição para Belém e dirigiu críticas a quem diz que não há mobilização na sua campanha.
«Levem esta mensagem, eu já dei a volta a todo o país, estive em todos os distritos, nas regiões autónomas, na emigração, em Paris e em Bordéus, e em todos os lados eu estive muito bem acompanhado, em todos os lados tive centenas de pessoas, salas cheias, já falei a milhares de portugueses, por muito que isso desagrade aos fazedores de opinião, as pessoas estão mobilizadas à volta da minha candidatura, não vem nas notícias mas estão no terreno, estão aqui, em todo o país, e no dia 23 de Janeiro vão estar lá, vão estar lá!», garantiu.

Sol/Lusa