Buraco colossal
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O SILÊNCIO À VOLTA DA MEMÓRIA


Em “relação às contas na Suíça, julgo que o assunto está mais do que esclarecido.
Há para lá umas contas na Suíça, há para lá umas pessoas que têm contas na Suíça.
O engenheiro José Sócrates – o que se demonstra com as contas na Suíça – é que não tem nada a ver com as contas na Suíça”
João Araújo 29/05/2015


Á ESQUINA DO MONTE CARLO


HERBERTO, A AVENTURA nos eternos

- Este blog voltou ao activo hoje dia 10 de Junho de 2015. -

E ponde na cobiça um freio duro,
E na ambição também, que indignamente
Tomais mil vezes, e no torpe e escuro
Vício da tirania infame e urgente;
Porque essas honras vãs, esse ouro puro,
Verdadeiro valor não dão à gente.
Melhor é merecê-los sem os ter,
Que possuí-los sem os merecer.

Camões / Lusiadas


Isto não há nada como acenar com medalhinhas para ter sempre clientela.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Cavaco atira-se a ex-ministro por causa de ex-ministros



A história dava o início de um óptimo filme. Oliveira Costa, ex-secretário de Estado de CavacoSilva, e Dias Loureiro, ex-ministro de Cavaco Silva, viram-se envolvidos num escândalo num banco. Um banco onde Cavaco Silva tinha acções. Ora, este ex-secretário de Estado e este ex-ministro de Cavaco Silva acabaram constituídos arguidos por causa do banco, que foi nacionalizado - e, até agora, levou com ele 5 mil milhões aos contribuintes.

Com a nacionalização, promulgada por Cavaco, este banco ficou sob alçada da Caixa Geral de Depósitos, banco liderado por Faria de Oliveira, ex-ministro de Cavaco Silva. Não só isso, mas Faria de Oliveira faz também parte da Comissão de Honra da candidatura de Cavaco. Lado a lado com Norberto Rosa, também ex-secretário de Estado de Cavaco Silva, e também hoje na CGD.

Anteontem este enredo começou a entrar em fricção. Cavaco, cansado de ser criticado ("atacado", na sua opinião) decidiu atirar a batata quente para Faria de Oliveira. Restou ao presidente da CGD passar a batata quente para o governo (ver em baixo), governo esse que já antes tinha passado a batata quente à administração da Caixa: "Compete à administração da CGD defender a sua honra", disseSilva Pereira, ministro da Presidência.

Independentemente destas voltas e de todos os "exs" de Cavaco, certo é que o ano que está aí à porta vai trazer mudanças significativas a este dossiê. Primeiro porque o executivo vai ter de dar um destino ao BPN - nem que seja deitá-lo ao lixo - e depois porque ficou claro que nem Francisco Bandeira (presidente do BPN indicado pela CGD), nem Faria de Oliveira têm condições para continuar nos respectivos cargos - o primeiro já falou ontem numa "nova e autónoma administração" para o BPN e o segundo já desde o Verão que é apontado como "de saída".

Por saber fica se o acordo PS/PSD - um gestor de cada partido no Banco de Portugal e na CGD - sobreviverá. F. P. C.