Uma nova AD mas só depois das legislativas
por PAULA SÁHoje
Passos Coelho tem tido sondagens que o dão à beira da maioria absoluta. Mesmo assim, tem dito que se chegar ao Governo leva o CDS de Paulo Portas para tornar o projecto mais abrangente.
A porta está aberta. O eleitorado está de sobreaviso para o projecto. PSD e CDS estão dispostos a partir para uma nova Aliança Democrática (AD), ainda de contornos indefinidos. "Juntos" estão já no apoio ao candidato presidencial Cavaco Silva. E, apesar da especificidade das presidenciais, os dois partidos conseguirão ler nos resultados eleitorais de Cavaco, distrito a distrito, algum do peso de estarem de braço dado nesta corrida a Belém. Para já todos sociais-democratas e centristas tendem a dizer que um entendimento para as legislativas, sejam elas ordinárias ou antecipadas, será só pós-eleitoral.
O secretário-geral do PSD, em entrevista ao Sol, foi muito claro: "O que dissemos é que depois de ganhar as eleições é necessário um entendimento mais vasto." Miguel Relvas admitiu, no entanto, que o CDS "é um aliado natural".