O candidato presidencial Manuel Alegre afirmou hoje que a autonomia de Portugal "está em risco perante a ameaça" dos mercados financeiros, uma "nova forma de ditadura", e que ameaçar "direitos sociais e serviços públicos" representará "um retrocesso civilizacional".
Discursando num jantar com várias personalidades ligadas ao mundo da literatura, no Martinho da Arcada, em Lisboa, o candidato apoiado pelo PS e pelo BE disse ter decidido entrar pela segunda vez na corrida a Belém por ter "a convicção de que Portugal é um destino" que "está nas mãos" dos portugueses e pelo qual, "mais do que nunca", todos os portugueses são responsáveis.
"Porque a autonomia nacional está em risco perante a ameaça de uma nova forma de ditadura: a ditadura dos mercados financeiros. Porque a Europa está a ser desconstruída com o reforço do centro em desfavor dos Estados periféricos e com os contribuintes a pagarem a socialização das perdas do sistema bancário", apontou.