José Junqueiro acusa Cavaco de ter
'desistido da vida política' quando deixou Governo
12 de Dezembro, 2010
O secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, acusou hoje o Presidente da República, Cavaco Silva, de ter «desistido da vida política», quando deixou o Governo, «no momento em que o país mais precisava de liderança».«Quem dá tantos conselhos e não conseguiu resolver o seu próprio problema e o problema do país, pode até ter legitimidade política, mas falta-lhe legitimidade moral para poder falar nisso», criticou.
O secretário de Estado falava em Évora, à margem de um fórum sobre regionalização e interioridade, promovido pela JS e pela Federação Distrital de Évora do PS, a cuja sessão de encerramento presidiu.
Além de abordar o tema do encontro, a regionalização, José Junqueiro comentou as recentes declarações do Presidente da República (PR), que considerou que os portugueses têm de se sentir «envergonhados» por existirem em Portugal pessoas com fome.
«Ouvi as declarações do PR e lembrei-me, rapidamente, que foi, exactamente, no término do seu mandato [como primeiro-ministro, em 1995] que o país estava com um défice de quase oito por cento», disse o membro do Governo.
Segundo José Junqueiro, nessa altura, também «havia mais de meio milhão de desempregados e centenas de milhares de salários em atraso» no país, sendo ainda «muito difícil movimentar-se porque havia imensas bandeiras negras em todo o lado».
«E a verdade é que ele [Cavaco Silva] desistiu dessa vida política para se resguardar para uma candidatura à presidência da República, que veio a perder», frisou.
Essa opção de Cavaco Silva, de se «resguardar da vida política», insistiu José Junqueiro, aconteceu «no momento em que o país mais precisava de liderança».
«E essa é a grande diferença entre quem actuou com maioria absoluta e quem, em minoria, como o actual primeiro-ministro, numa crise de grandes dimensões só teve uma escolha», disse.
E essa escolha única para José Sócrates, afiançou, «é ficar no seu posto de combate, ligado à vida política, ao lado dos portugueses, enfrentando as dificuldades e fazendo aquilo que deve ser feito para retirar o país da crise».
Quanto à regionalização, o secretário de Estado considerou que o tema tem «toda a oportunidade e actualidade».
«É preciso criar um novo impulso na sociedade portuguesa, que envolva todos os cidadãos que acreditam que regionalizar significa mais progresso, aplicar melhor os nossos recursos, menos despesas e melhores oportunidades para o desenvolvimento», referiu.
Sol/Lusa
O secretário de Estado falava em Évora, à margem de um fórum sobre regionalização e interioridade, promovido pela JS e pela Federação Distrital de Évora do PS, a cuja sessão de encerramento presidiu.
Além de abordar o tema do encontro, a regionalização, José Junqueiro comentou as recentes declarações do Presidente da República (PR), que considerou que os portugueses têm de se sentir «envergonhados» por existirem em Portugal pessoas com fome.
«Ouvi as declarações do PR e lembrei-me, rapidamente, que foi, exactamente, no término do seu mandato [como primeiro-ministro, em 1995] que o país estava com um défice de quase oito por cento», disse o membro do Governo.
Segundo José Junqueiro, nessa altura, também «havia mais de meio milhão de desempregados e centenas de milhares de salários em atraso» no país, sendo ainda «muito difícil movimentar-se porque havia imensas bandeiras negras em todo o lado».
«E a verdade é que ele [Cavaco Silva] desistiu dessa vida política para se resguardar para uma candidatura à presidência da República, que veio a perder», frisou.
Essa opção de Cavaco Silva, de se «resguardar da vida política», insistiu José Junqueiro, aconteceu «no momento em que o país mais precisava de liderança».
«E essa é a grande diferença entre quem actuou com maioria absoluta e quem, em minoria, como o actual primeiro-ministro, numa crise de grandes dimensões só teve uma escolha», disse.
E essa escolha única para José Sócrates, afiançou, «é ficar no seu posto de combate, ligado à vida política, ao lado dos portugueses, enfrentando as dificuldades e fazendo aquilo que deve ser feito para retirar o país da crise».
Quanto à regionalização, o secretário de Estado considerou que o tema tem «toda a oportunidade e actualidade».
«É preciso criar um novo impulso na sociedade portuguesa, que envolva todos os cidadãos que acreditam que regionalizar significa mais progresso, aplicar melhor os nossos recursos, menos despesas e melhores oportunidades para o desenvolvimento», referiu.
Sol/Lusa